sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dia 5 - Islas: Uros, Utama e Amantani

Análise de Viagem
Chegamos por volta de 5 horas da manhã em Puno, o ônibus nos deixou no Terminal Rodoviário da cidade e Germano, responsável pela empresa Titicaca Tour (http://www.titicacatour.com/) já estava nos aguardando. Tinha reservado anteriormente com ele pela internet o tour de dois dias e uma noite pelas ilhas de Uros, Amantani e Taquile e ele nos cobrou 45 dólares por pessoa. O passeio dá direito à transporte, alimentação e alojamento na casa de nativos. Tinha lido anteriormente sobre esse tour, sabia das dificuldades, da falta de luxo, mas mesmo assim, eu e Lipe decidimos conhecer essas ilhas.

Pois bem, chegamos ao terminal, encontramos o Germano e ele nos levou para tomar um café-da-manhã em uma das lanchonetes do terminal. Essa primeira refeição já foi paga por ele, nem sabíamos que já estava incluída. Mas a verdade é que não gostei muito do local e a partir desse momento eu sabia que teria que ter muito cuidado com a água e com a comida, pois não queria ter dor de barriga.

Deixamos os mochilões na agência, que funciona dentro do próprio terminal, e fomos para o passeio com uma mochila menor, carregando somente o que precisaríamos para esses dois dias, pois iríamos caminhar muito. Nesse momento, fomos enrolados pela primeira vez na viagem. Germano não tinha troco para 100 dólares, ele disse que tinha apenas uma nota de 20 dólares. Então, eu, inocentemente, ofereci dar 110 dólares e pegar os 20 de troco. Enganação! Depois de dois dias, tentamos usar os 20 dólares mas a nota não foi aceita em nenhum outro lugar de Puno! Tentamos voltar na agência para trocar a nota e a agência estava fechada. Tentamos ligar para funcionário que nos deu a nota, ele disse que estava indo nos encontrar mas nunca apareceu... Um prejuízo... mas depois na Bolívia conseguimos trocar a bendita nota rsrsrs!

Depois disso tudo, um táxi nos levou do terminal até o porto para pegar o barco.



Pegamos o barco e zarpamos... em 30 minutos chegamos na primeira ilha: Uros. É uma ilha flutuante, foi toda construída com material retirado do próprio lago chamado totora. Os Uros amarram essa totora no fundo do lado e constroem suas casas sobre o rio. Por isso a ilha é chamada de ilha flutuante e realmente dá pra sentir a ilha se movendo conforme o movimento das águas.


Fomos recebido pelo presidente da comunidade que nos explicou no idioma local como funciona o dia-a-dia dos nativos. Toda a explicação era traduzida pelo guia para espanhol e inglês. Após a explicação, os Uros nos ofereceram um passeio no barco até uma outra ilha chamada Utama.


Chegamos em Utama, que fica a menos de 5 minutos de Uros. Em Utama tem um restaurante, banheiro e um local para carimbar o passaporte, assim como Machu Picchu. Mas eu não tinha lido nada a respeito desse carimbo e fiquei preocupada, então não carimbei meu passaporte. Tiramos algumas fotos em Utama e ficamos contemplando a grandiosidade e beleza do lago Titicaca.


Saímos de Utama e fomos em direção a Amantani, que seria a ilha em que passaríamos a noite. Esse trajeto durou 2 horas, mas fiquei contemplando o lago que fica a 3810m de altitude e é maior lago navegável do mundo. A paisagem é incrível, mas os efeitos da altitude começaram a aparecer novamente. Meu nariz ficou completamente seco e chegou a sangrar, a sorte é que tinha comprado um genérico do neosoro em Cusco e isso aliviava um pouco o ressecamento.

Chegamos em Amantani por volta de 13:00h. Assim que chegamos o nosso guia que era uma pessoa um pouco enrolada demorou para fazer a divisão dos turistas para cada família de nativo. No nosso grupo não tinha um brasileiro... uma pena... a maioria eram europeus e aí a comunicação ficou bem difícil pq eu não conseguia entender uma palavra do inglês falado pelos franceses... pelos alemães então... até a comunicação com nosso guia estava difícil, pq ele era nativo da ilha e falava espanhol com um sotaque que era super difícil de entender. Em alguns momentos, eu entendia melhor o inglês dele do que o espanhol.

Por fim, ficamos com a família da mama Paola.



Ela nos levou até sua residência, fomos subindo, subindo, subindo e ficando cada vez mais cansados e com mais falta de ar. Mas o visual compensava.


Chegamos na residência, e Paola nos mostrou nosso quarto. Era tudo muito simples, muito simples mesmo.


Ficamos somente eu e Lipe nessa residência, então tivemos um quarto só para nós dois. Assim que chegamos Lipe avistou um banheiro do lado de fora e foi logo fazer um xixi.


Depois, Paola nos mostrou um outro banheiro, dentro da casa, mas também não era lá grandes coisas. Não tinha chuveiro nem descarga nem água na bica... enfim... bem precário.

Deixamos a mala no nosso quarto e enquanto Paola preparava nosso almoço fomos dar uma volta na ilha. Encontramos paisagens incríveis!




Retornamos para a casa e almoçamos uma comidinha bem simples, à base de legumes. O menu é sempre vegetariano, não tem carne alguma. Comemos queijo, batatas, arroz, e outros legumes que não me lembro.

Logo depois do almoço fomos nos encontrar com nosso grupo e com o guia para subirmos até o topo da ilha. O roteiro era ver o pôr-do-sol no templo da Pachamama, que é considerada a Mãe Terra. A subida foi terrível! Nunca passei tão mal... dava alguns passos e já parecia que meu coração ia explodir! E nosso grupo era formado por super atletas que conseguiam suportar a altitude tranquilamente. Eles foram na frente e eu e Lipe bem atrás do grupo, perdemos várias explicações do guia, pq não conseguíamos acompanhar o grupo.



E por fim, depois de muitas andanças, e quase 1:30h de subida, chegamos ao topo da ilha.


Assim que chegamos, encontramos uma feirinha de artesanato, bem na entrada do Templo.



A vista lá de cima é bem bonita:



Eu já estava bem irritada nessa hora, confesso.... o visual lá de cima é bem bonito, mas acho que não valeu a pena tanto esforço. Além do cansaço, havia o frio que estava insuportável... Vimos o pôr-do-sol, descemos já na escuridão e o filho de Paola estava nos aguardando na quadra de esportes para nos levar de volta até a residência deles. Nesse trajeto tivemos que usar nossas lanternas pois não havia energia elétrica e a noite já tinha caído.

Após o jantar, Paola nos ofereceu para ir conosco até uma festa que ocorreria na aldeia, mas estávamos muito cansados. Resolvemos dormir cedo, e por volta de 20h já estávamos na cama para a noite mais fria que tínhamos passado até o momento. Naquela noite, pela primeira vez senti saudade de casa... senti saudade do meu Rio de Janeiro com 40º, saudade da minha cama quentinha, saudade do meu chuveiro, saudade...

Análise de Viagem / Aline, Marcos Felipe e Valentina

Somos uma família apaixonada por viagens!

1 comentários:

  1. Podemos dizer que, sem sombra de duvida, esta foi uma experiencia Única!!!

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