sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

2014: Peru

Análise de Viagem
DIA 1: Embarque

Após a viagem para os EUA, tivemos 1 dia de descanso no Rio e logo chegou o grande dia: embarcar para uma viagem por Peru, Bolívia e Chile. No total, percorremos quase 2.000km durante 15 dias, e utilizamos vários meios de transporte: avião, ônibus, trem e barco.

Ao contrário da viagem para os EUA, em que precisamos de muitas malas, para essa viagem preferimos levar um mochilão. Essa decisão foi tomada por diversas razões: Primeiro, pq ficaríamos pouco tempo em cada hotel, pois iríamos rodar por muitas cidades. Segundo, pq utilizaríamos transportes sem muito espaço para bagagens. E terceiro pq compramos um voo na decolar.com na promoção e estava na promoção pq teríamos que fazer duas conexões para chegar em Cusco, uma em São Paulo e outra em Lima. E quanto mais conexões, maior a chance da mala ser extraviada. Então, como queríamos praticidade para locomoção e segurança, optamos pelo mochilão, que não precisamos despachar.


E então, nesse primeiro dia, às 15:00h, embarcamos no Galeão para São Paulo. 


Nesse voo fomos de TAM, a ponte aérea é sempre tranquila e o serviço de bordo é inexistente. Tudo é vendido! Sempre que voo na ponte aérea lembro da época em que ia para o estágio no Hospital Quinta D'Or, eu ia de Nova Iguaçu até São Cristóvão de trem do ramal Japeri, e a venda que existe no trem é bem semelhante à venda que existe no avião! Olha que a diversidade de opções e o preço no Japeri é ainda melhor do que na Tam!!!

Chegamos em São Paulo e aguardamos um pouquinho até nosso próximo voo, rumo à Lima. Enquanto isso, aproveitamos para relembrar nossa viagem para Buenos Aires e tomamos um café com Alfajor na Havanna. 


E chegou a hora do voo tão esperado: São Paulo x Lima. Voamos de Lan e tivemos uma incrível surpresa: adoramos o serviço de bordo dessa empresa. Ainda não conhecíamos a Lan e adoramos tudo! Tivemos travesseiro, cobertor, jantar, bebidas, sobremesa, tudinho!!!! Olhem que jantar agradável:



Depois do jantar, eu dormi muuuuuuito e o Lipe ficou aproveitando de toda a interatividade que essa tela oferece. Tem músicas, filmes, séries, jogos, gps, etc. Lipe nem conseguiu dormir de tantas opções que tinha!


O voo até Lima foi super tranquilo, chegamos por volta de 22h em Lima e aí que foi um pouco cansativo. Nosso próximo voo, Lima x Cusco, só sairia às 05h da manhã. Pesquisamos antes se dava tempo de ir para um hotel, mas não valia a pena. A única opção era ficar no aeroporto e tentar descansar por lá mesmo até a hora do voo. 

Encontramos uma Starbucks, que sempre nos salva nas viagens, e ficamos lá comendo e usando o Wi-fi. Depois de algum tempo, foi ali mesmo que tirei meu primeiro cochilo. 


Depois que já estava toda dolorida, resolvemos ir para a sala de embarque de Lima e nos arrependemos de não ter ido mais cedo. A sala é ótima! As cadeiras não tem braços entre elas, então, elas viram uma cama bem confortável. E foi ali que eu e Lipe passamos a noite. Dormi tanto que cheguei a sonhar... zzzzzzzz....



E no horário agendado, acordamos, pegamos nosso mochilão e pegamos nosso voo para Cusco... e assim, terminou nosso primeiro dia...

DIA 2: Cusco


Chegamos por volta de 6h da manhã em Cusco, desembarcamos no aeroporto fomos pegar um táxi até o hotel. 


Há três opções de táxis saindo do aeroporto com valores diferentes. A primeira opção é mais cara e mais cômoda, é um táxi credenciado pelo aeroporto, com guichês dentro do local, o valor até o centro de Cusco era de 35 soles. A segunda opção é um táxi que fica estacionado no pátio do aeroporto, os taxistas ficam abordando os turistas na saída oferecendo o serviço por 25 soles. A terceira opção é andar até a rua em frente ao aeroporto e pegar um táxi na rua mesmo, mas aí tem que dar a sorte de encontrar um táxi disponível e que pare para fazer a corrida. Dizem que o preço médio é de 15 soles.  


Bem, é claro que eu e Lipe queríamos pagar pelo mais barato, mas assim que desembarcamos sentimos um choque térmico: estava muuuuuuito frio! Dentro do aeroporto já estava frio, mas quando saímos o frio estava ainda pior. Então, assim que fomos abordados pelos taxistas na porta negociamos com um deles e pagamos 20 soles até o hotel. Assim que o taxista nos deixou na porta do Hotel Monte Horeb ele nos disse que não era um bom hotel e nos ofereceu um outro, mas resolvemos ficar nesse hotel mesmo, pois já havíamos reservado e tb achei que o motorista só estava querendo lucrar com a indicação do novo hotel. 

O Monte Horeb é bem simples, mas gostamos bastante do nosso quarto, era bem grande e confortável. Além disso, era de frente para a rua e tínhamos uma bela vista da varanda. 



Chegamos bem antes do horário do check-in no hotel, mas mesmo assim a funcionária nos levou até o quarto e ofereceu café e chá de coca. Até o momento eu não estava sentindo absolutamente nada de mais por causa da altitude, mas o Lipe já estava com dor de cabeça. Depois de alguns instantes, a funcionária trouxe até o quarto o chá, o Lipe experimentou e achou horrível, mas botou pra dentro!


Para enfrentar o mal de altitude, o famoso soroche, nada melhor do que chá de coca e descanso. Então, como não tínhamos dormido muito bem durante a noite e a cidade estava vazia pq ainda era 6h, resolvemos tirar um cochilo até às 9h.

Acordamos, tomamos um banho quentinho, nos agasalhamos e fomos passear pela cidade de Cusco. A programação era conhecer a cidade e museus pela manhã e a tarde fazer o City Tour pelas ruínas próximas. Reservamos esse City Tour no próprio hotel e custou 48 soles para 2 pessoas, marcamos da agência nos buscar as 14h no Hotel.

Então começamos pela Plaza Regocijo, que era bem próxima ao hotel. Nela estava tendo uma exposição de fotos, passeamos, tiramos fotos e continuamos nosso roteiro.


Nossa próxima parada era o Escritório de Informações Turísticas http://www.cosituc.gob.pe/ para comprar o nosso Bilhete Turístico. Esse bilhete não é barato, ele custa 130 soles, mas é um bilhete que dá direito a entrar em vários museus e sítios arqueológicos na região de Cusco. Nós já tínhamos agendado o City Tour pelas ruínas próximas a cidade e para entrar nessas ruínas iríamos precisar desse boleto. Além disso, tb usamos o boleto no dia posterior, qd fomos para o Vale Sagrado. Então, é bem melhor comprar um único bilhete do que comprar um ingresso para cada sítios e museu. Andamos até a Av. El Sol, 103, e compramos nossos Bilhetes Turísticos.


A Av El Sol já é uma atração turística, uma rua com muitas lojas de artesanato e lojas de câmbio. Foi lá que fizemos a troca do dólar pela moeda local. Queríamos trocar no mesmo banco que trocamos no aeroporto de Lima, mas o banco estava super cheio e tinha uma certa burocracia para o câmbio, então trocamos em uma lojinha pequena mesmo. As notas são carimbadas pelo funcionário da loja e é isso que garante que a nota não é falsa. Se tiver algum problema em repassar a nota é só voltar na loja e resolver com o funcionário. Bem, pelo menos foi isso que fomos informados, mas não precisamos voltar lá, todas as notas foram aceitas normalmente.


Nessa rua, encontramos um mercado de artesanato bem interessante. E foi lá que vi os itens com o melhor preço de Cusco, pena que nesse momento eu ainda não sabia. Então, tive que comprar depois com um preço mais alto.


Ainda na El Sol, encontramos o primeiro templo que queria conhecer: Qorikancha. Mas iríamos ter uma visita guiada nesse templo no City Tour da parte da tarde. Então só passamos em frente, tiramos umas fotos e continuamos nosso passeio. Depois disso, fiquei ainda mais curiosa para conhecer o Qorikancha.


Voltamos pela El Sol em direção à Plaza de Armas, que é a mais famosa de Cusco. Nessa praça estão as duas principais Igrejas da cidade: A Catedral e a Igreja da Companhia de Jesus.




Além das Igrejas, a praça é super linda. Ficamos sentadinhos no banco acompanhando as idas e vindas das pessoas e desfrutando de estar no "umbigo do mundo" que é a tradução da palavra Cusco.



E começamos a andar pelas ruelas de Cusco:


Nossa próxima parada foi o Museu Inka: 


Depois o Museo de Arte Precolombino:


Passamos rapidamente pelo Museo Coca:


E terminamos as andanças no Centro Artesanal:


Após tanto andar, fomos procurar um local para almoçar, mas como precisava ser algo bem rápido pois já estávamos atrasados para o City Tour, optamos pelo Mc Donalds, que encontramos em uma esquina bem escondida, dentro de um prédio histórico. 


Já era quase 14h, então voltamos correndo para o hotel e ficamos aguardando a agência nos buscar. Geralmente não fecho City Tour nas viagens que faço, mas esse de Cusco vale muito a pena pq percorre sítios arqueológicos que ficam fora da cidade que eu não conseguiria visitar por conta própria, e mesmo se conseguisse não teria as informações que somente os guias nos passam. Então, no horário certinho, a guia chegou e fomos andando para a primeira parada do passeio: a Catedral de Cusco (ainda dentro da cidade, na Plaza de Armas). Após a Igreja, fomos andando até Qorikancha (aquele templo que eu havia visto mais cedo e não entrei). Para entrar nesse templo tivemos que comprar um outro ingresso, pois o Bilhete Turístico não vale para ele. O ingresso custou 10 soles. 


O Qorikancha é verdadeiramente incrível! O nome significa Templo do Sol, e reza a lenda que na época dos Incas, o Templo era revestido de folhas de ouro. É claro que os espanhóis enlouqueceram quando encontraram né! Tudo foi saqueado! E para demonstrar poder e domínio, destruíram parte do templo e construíram um Convento Dominicano literalmente em cima do antigo templo. Andando por Qorikancha dá pra perceber nitidamente a diferença entre as duas arquiteturas. 




Depois de todas as explicações, a guia nos levou para a parte mais alta do Templo, e aí temos uma visão privilegiada:


Quando saímos do Templo, fomos andando até um microônibus que estava nos aguardando para começamos a sair do centro de Cusco em direção ao primeiro sítio arqueológico. Nesse caminho, encontramos uma procissão que estava passando e ficamos impressionados com as máscaras que os homens estavam usando:



Chegamos no ônibus e fomos em direção á Sacsayhuaman, que era uma fortaleza militar e que impressiona pelas grandes pedras polidas que foram usadas para sua construção. Essa era a principal entrada para a cidade de Cusco. 



E aí, nesse momento, que senti o soroche! A sensação é terrível! Minhas pernas ficaram fracas, senti um cansaço imenso, faltou o ar... precisei me sentar nas pedras e descansar um pouco. Em questão me minutos eu já estava melhor e continuamos nosso passeio.


Saímos desse sítio e fomos em direção à Q'enqo, que consiste em uma rocha talhada de forma que mantém a temperatura constante em seu interior. Dentro dessa pedra tem uma mesa que era utilizada para sacrifício à Pachamama (mãe terra) e também era onde os Incas preparavam suas múmias. Era então uma espécie de portal para o outro mundo. 


Essa era a mesa para os sacrifícios:


Quando terminamos esse sítios o sol já estava quase se pondo, conforme a foto abaixo. Então, não conseguimos conhecer Pukapukara...


Fomos então para o último sítio: Tambomachay. Quando descemos do ônibus percebemos que esse era o local mais alto do passeio, e o soroche resolveu atacar novamente....


Esse é o templo das águas e é possível visualizar algumas fontes de águas. Dizem que a água cura todos os males, só não sei pq nao cura o soroche rsrsrs. Bem, mas para chegar às fontes ainda teríamos que andar uns 10 minutos. Eu pensei em desistir, confesso! Mas depois, pensei que talvez nunca mais na vida iria voltar àquele lugar, então esse era o momento de conhecer Tambomachay. Peguei coragem, caminhei os 10 minutos, e valeu a pena!


Após toda essa overdose de conhecimento, o ônibus nos levou para uma lojinha e depois para o hotel. Após um banho e um descanso, saímos para curtir a noite em Cusco, fomos jantar e tirar fotos na praça com a iluminação da noite. 



Estava muuuuuuito frio, então não ficamos muito tempo nas ruas. Mas ficamos tempo suficiente para perceber como Cusco é preparada para o turismo. Até mesmo de noite vemos policiais pelas ruas, em todos os momentos nos sentimos super seguros em andar pelas ruas da cidade. 

Após esse dia cheio de passeios legais, fomos descansar, pois no dia seguinte iríamos para a Vale Sagrado. 


DIA 3: Vale Sagrado

Nesse dia iríamos conhecer vários sítios arqueológicos distantes de Cusco e no final do dia, ficaríamos no último sítio - Ollantaytambo - para pegar o trem rumo à Machu Picchu. Então, arrumamos nossas malas, fizemos check-out no hotel, tomamos café-da-manhã e ficamos aguardando a van da agência que viria nos pegar.

Quando eles chegaram, pagamos o valor de 90 soles para 2 pessoas e embarcamos em um micro-ônibus. Nossas malas foram guardadas em um compartimento do ônibus e fomos tranquilamente só com a bolsa de mão. E a viagem começou... depois de alguns minutos paramos para pegar mais alguns turistas em outro hotel e uma vendedora de balas de coca entrou no ônibus oferecendo. O Lipe ainda estava se sentindo mal com a altitude, então comprou um pacotinho de balas e foi comendo durante a subida. Vale lembrar que assim como o chá da coca, a bala tb não é alucinógeno.


Nossa primeira parada foi no povoado de Pisac, que fica há 36 km de Cusco. Esse povoado é dividido em duas partes: uma feira de artesanato na base na montanha e no alto da montanha tem o sítio arqueológico.


Paramos primeiro na feira e ficamos durante 30 minutos andando pelas ruas, olhando as lojinhas e barracas e comprando várias coisas.



Descobrimos que os vendedores não podem perder a primeira venda do dia. Eles dizem que o primeiro cliente que chega na barraca deles tem que comprar, senão, o dia não terá sorte. Então, como chegamos bem cedo, conseguimos negociar bons preços. E foi ali que compramos um jogo de xadrez muito lindo, as peças são formadas pelos espanhóis e pelos incas. Esse jogo faz sucesso na decoração da minha casa! Olha só!



E andando pelas ruas, descobrimos uma padaria no estilo de Pisac! Era um padeiro que assava os pães ali mesmo na rua, em um forno imenso. Achamos super interessante e pedimos para tirar uma foto. Não tive coragem de pedir o pão, pq achei o lugar meio sujinho rsrsrs.



Já estávamos atrasados para a saída do ônibus, mas o Lipe viu uma barraca que vendia chapéus, e ele é viciado nessas compras. Então, compramos correndo os chapéus e voltamos para o ônibus. Assim que chegamos lá, vimos que várias outras pessoas não tinham chegado. Então, fomos comer um milho, e olhem o tamanho do milho!!! É imenso!!!


O sabor é delicioso, esses grãos são super macios. Nunca tinha comido nada igual:

E ficamos ali, esperando o ônibus, comendo nosso milho e conversando... Até que umas meninas chegaram com essas ovelhas e pediram para tirar uma foto. É claro que não é de graça! Eles pedem umas moedinhas em troca da foto. Elas são tão bonitinhas! Não resistimos, e tiramos uma foto com elas!


Depois dessa parada, era o momento de subir para as ruínas de Pisac. Para a entrada nesse sítio utilizamos o nosso Boleto Turístico comprado no dia anterior, mas lá também havia bilheteria para a compra.

Pisac é caracterizado por ter grandes terraços de agricultura, que fica bem visível nas fotos feitas do local. Esses andares que vemos são de diferentes altitudes, então isso fazia com que crescessem diferentes tipos de espécies do mesmo legume, por exemplo da batata. Eles tem mais de 3 mil tipos de batata!





Além dos terraços, outra curiosidade de Pisac é que aqui ficava o maior cemitério Inca. Infelizmente, as tumbas foram saqueadas, mas era aqui que os incas eram enterrados em posição fetal, pois eles acreditavam que a morte era um renascimento e que precisavam renascer nas montanhas de onde vieram.


Após essa visita, voltamos para o ônibus e fomos almoçar. O guia nos levou para uma rua em que haviam vários restaurantes e dividiu o grupo de forma que cada casal ou grupo ficasse em um restaurante. Assim, eles garantem que todos os proprietários tivessem clientes. Eu e Lipe ficamos no El Maizal e gostamos muito. Na verdade assim que chegamos soubemos que era um buffet, pagaríamos um valor fechado e comeríamos a vontade com direito à sobremesa. Esse tipo de restaurante não é vantajoso para mim, pois como sempre muito pouco. Mas como só havia essa opção (todos os outros restaurantes funcionavam da mesma forma), fomos almoçar. Eu adorei a comida, e as sobremesas então, nem se fala!  



Após o almoço, nossa próxima parada era Ollantaytambo.


Esse sítio não estava plenamente construído na época da invasão espanhola, então até hoje, está inacabado. Sabe-se que esses degraus eram para cultivo de alimentos, mas essa região acabou servindo de fortaleza na época da invasão, pois foi onde os incas se refugiaram para lutar.


E começamos nossa subida... A partir da montanha com esses degraus é possível perceber a construção da foto abaixo na montanha em frente. O guia explicou que funcionava como um frigorífero para estoque de alimentos, pois como é muito gelado, era possível estocar alimentos sem a chance de estragar.


E enfim, chegamos ao topo:


A vista da parte debaixo mostra a estrutura da cidade que funcionava nesse local antigamente, e incluía residências, templos, depósitos de alimentos, etc.


No meio de tanta cultura, uma pausa para um self, rsrsrs:


Descemos com o sol se pondo e pudemos contemplar a grandeza desse local. De todos os sítios em que fomos, esse foi o que mais chamou minha atenção. Talvez pelo mistério, pois alguns locais do sítio são inexplicáveis até para os guias mais experientes. Talvez pela grandeza, pois é uma montanha toda esculpida com pedras formando terraços incrível. Talvez pela história de luta e resistência de um povo que não se deixou escravizar, mas lutou bravamente para defender sua terra, sua cultura, sua religiosidade.


E era a partir de Ollantaytambo que os incas fugiram para Machu Picchu por uma trilha super escondida na selva. Quando eles perceberam que estavam perdendo a batalha e que a fortaleza iria ser invadida pelos espanhóis, eles fugiram de Ollanta através dessa trilha e foram destruindo também a trilha, para que os espanhóis não chegassem até a cidade sagrada de Machu Picchu. E os incas conseguiram! Os espanhóis invadiram Ollanta em 1536, mas Machu Picchu só foi descoberta em 1911.


Nosso grupo iria continuar o tour até Chinchero e depois retornar a Cusco, mas nós ficamos em Ollantaytambo para pegar o trem até Águas Calientes. Do local em que o guia nos deixou até a estação de trem, andamos cerca de 10 minutos (com o mochilão nas costas rsrsrs). Também havia a possibilidade de ir de tuc-tuc, mas como estávamos com um outro casal de brasileiros que conhecemos no passeio e faltava muito tempo para a saída do trem, resolvemos ir andando, conhecendo a cidade e conversando. 

Chegamos na estação da Peru Rail super cedo, por volta de 16h. Tentamos adiantar nossa ida para um trem mais cedo, mas não conseguimos. Então, escolhemos um restaurante com wi-fi, pedimos um lanchinho e ficamos fazendo hora até o momento da partida, agendada para 19h. Havia comprado a passagem de trem pela internet pelo site http://www.perurail.com/ . Havia lido sobre algumas dificuldades com cartão de crédito no momento da compra, mas para mim foi super tranquilo. Imprimi o voucher e mostrei junto com o passaporte na entrada, e entramos sem problemas. 


A Peru Rail oferece duas opções de trens: O Vistadome e o Expedition. O primeiro parece que é mais luxuoso e com o teto todo de vidro para que os passageiros consigam ver melhor a paisagem. Nós iríamos de noite, então não faria diferença o vidro, estaria tudo escuro, então, optamos pelo bom preço do Expedition. Esse é mais simples, mas sinceramente, eu adorei! Talvez pq meu conceito de trem seja o do Rio de Janeiro, que é terrível!!!! Pois bem, o Expedition é lindo e super confortável. Tem um local apropriado para guardar as malas, servem lanchinhos, e tem tb um vidro no teto, mas só vimos escuridão... Eu estava super curiosa com essa viagem, pois dizem que é uma das mais lindas do mundo, então no dia seguinte eu comprei a passagem de volta à tarde para poder contemplar as paisagens. 


Às 19h nosso trem partiu e às 20:40 chegamos em Águas Calientes. Pernoitar no povoado é uma excelente opção para quem quer chegar cedo à Machu Picchu, pois ele fica no pé da montanha. Não há hotéis em Machu Picchu, então esse povoado é a única opção para os viajantes. 

Assim que chegamos, descemos do trem e percebemos várias pessoas com plaquinhas com os nomes dos passageiros. Nosso hotel também enviou um representante para nos buscar. Descemos, encontramos esse funcionário do hotel e pensamos: "pra ter enviado um funcionário é pq esse hotel deve ser longe pra caramba...". Pois bem, o trem partiu, olhamos para o outro lado da plataforma, e lá estava nosso hotel! Era exatamente em frente a estação! Parece que a cidade toda cresceu em volta da linha do trem, então a cidade realmente funciona sobre os trilhos, eu achei até meio perigoso isso, mas para eles é super normal. 


E então, depois de muito cansaço, entramos no nosso quarto do Adelas Hostal. Era um quarto simples, mas super confortável e limpinho. Estava doida pra tomar um banho e descansar mas ainda tínhamos duas metas para a noite: jantar e comprar o bilhete para o ônibus que sobre para Machu Picchu para o dia seguinte. 


Bem, deixamos as malas no hotel e fomos direto até a bilheteria pois só funcionava até 22h. Compramos os ingressos por 19 dólares ida e volta por pessoa e perguntamos o horário do primeiro ônibus: 6h da manhã. 


Depois fomos procurar uma pizzaria que o Lipe havia escolhido através do tripadvisor: Chez Maggy. Gostamos muito da pizza desse local, era super saborosa e fresquinha. O pizzaiolo prepara a massa e o recheio bem na nossa frente e coloca para assar em um forno que fica no meio do restaurante. Enquanto esperávamos ficamos tomando um refrigerante, conversando e tirando várias fotos.  



Depois do jantar, andamos um pouco pelo povoado, que é super pequeno e resolvemos voltar para o hotel. Nesse momento conseguimos o impossível: nos perdemos em Águas Calientes! Não conseguíamos achar o caminho de volta de nenhuma maneira! Fiquei preocupada pq estava ficando tarde e as ruas estavam vazias. Até que um policial nos mostrou o caminho correto e assim chegamos no Hotel em segurança... mas foi um baita susto rsrsrs!



Chegamos no hotel, tomamos um banho e caímos na cama para descansar, afinal no dia seguinte teríamos um grande dia: Machu Picchu!


DIA 4: Machu Picchu

E enfim chegou o dia de conhecer Machu Picchu! Os dias anteriores foram de preparo para esse momento, afinal nos mostraram toda a história do povo inca através de vários outros sítios arqueológicos. Conhecer Machu Picchu fecharia com chave de ouro nosso roteiro pelas terras incas.

Compramos o nosso ingresso com antecedência de 2 meses por 126 soles por pessoa pela internet através do site: http://www.machupicchu.gob.pe/. Não tive dificuldades em comprar, recebi o voucher por email e imprime duas cópias de cada voucher, conforme vem solicitando o email. Existem várias opções de ingresso, uma delas é a entrada do parque junto com a entrada para escalar a montanha Huaynapicchu. Eu não quis fazer essa escalada, então comprei somente a entrada no parque.

Assim, estava tudo pronto para conhecer o Santuário. Acordamos por volta de 5h da manhã para tomar café e fazer check-out no hotel. Conseguimos deixar as malas no locker e ir para Machu Picchu sem o mochilão nas costas. Quando chegamos por volta de 05:45h para pegar o ônibus a fila já estava IMENSA!!!! Não conseguíamos ver o final da fila, então fomos andando, subindo uma rua íngreme rumo ao nosso lugar. Eu já estava triste pq não conseguiria ver o sol iluminando Machu Picchu pela manhã bem cedo... Até que encontramos na fila o casal de brasileiros que conhecemos no dia anterior no passeio do Vale Sagrado e furamos fila rsrsrsrs!!! Além de furar fila, ainda contratamos o serviço do guia que estava com eles. Afinal ir a Machu Picchu sem um guia para explicar sobre o santuário é impossível. Iríamos fazer isso lá, logo na entrada do parque, mas resolvemos fechar logo com esse guia e ficar junto com os brasileiros durante todo o passeio. Pagamos o valor de 15 soles por pessoa para o tour, logo eu e Lipe pagamos 30 soles.

Depois de uns 15 minutos no micro-ônibus chegamos à Machu Picchu! Na entrada o parque perguntamos aos guias disponíveis o valor do tour, só para saber se tínhamos feito um bom negócio.  E descobrimos que tínhamos feito um excelente negócio, pois o valor dos guias era na média de 150 soles por pessoa. Isso pq esses guias ofereciam um tour exclusivo, seria somente eu, Lipe e o guia e não um grupo imenso como estávamos.

Na bilheteria mostramos nosso voucher e um guarda nos revistou, e avisou que não poderíamos entrar com nenhuma comida, apenas com água. Então, escondemos nossos biscoitos e entramos no parque. Depois de alguns minutos descobrimos que a cidade sagrada é lindíssima! De tirar o fôlego!

Entramos no parque por volta de 06:30 e vimos o sol iluminar a cidade aos poucos...







Bem na entrada do parque tiramos a foto mais famosa de Machu Picchu. Aquela para porta-retrato!



Machu Picchu é uma cidade que fica a 2400 metros de altitude, isso é alto, mas não tão alto quanto Cusco que fica a 3400 metros. Percebemos a diferença na temperatura, pois MP é um pouquinho mais quente do que Cusco, mas mesmo sendo mais baixa, o soroche me pegou. E nesse momento, precisei descansar um pouco para continuar a subida.



Machu Picchu tem duas áreas. A primeira que visitamos é a área agrícola, caracterizada pelos terraços em que eram cultivados os alimentos. Essa parte é bem parecida com os degraus que vimos em outros sítios.



Depois começamos a conhecer a parte urbana, que era onde os incas viviam, moravam, faziam seus rituais, etc. A foto abaixo é o Templo do Sol, o sol entra por essa janela e incide diretamente sobre o altar. Assim os incas acreditavam que o Deus Sol recebia as oferendas.


A foto abaixo mostra o interior de uma residência inca. Essa espécie de janela fechada na parede servia para colocar os ídolos.


As pedras de Machu Pichu não são todas originais. Apenas 30% da cidade é uma construção original.. uma pena... o restante foi reconstruído. A construção original é formada por pedras maiores e com encaixe com pouco espaço.


Uma das vantagens de ir com guia é que ele nos mostra detalhes que jamais veríamos se estivéssemos sozinhos. Por exemplo, ele nos mostrou essa réplica da montanha. Não se sabe se ela foi talhada ou se é original... mais um dos mistério de Machu Picchu...


Outra réplica da montanha:


Outro mistério de Machu Picchu é a água canalizada. Os incas, a frente do seu tempo, conseguiram desenvolver uma estratégia para que a água proveniente da neve no alto da montanha conseguisse chegar à cidade. E até hoje percebemos a água escorrendo pelas pedras.


Depois de todas as explicações do guia, já era por volta de 8:45h. Algumas pessoas do nosso grupo iria subir a montanha Wayna Picchu, mas eu e Lipe não compramos o ingresso com essa opção, pois não temos um espírito tão aventureiro. Já tinha lido relatos sobre essa subida e não me identifiquei muito, então ficamos somente no parque passeando e tirando várias fotos. Começamos a explorar por conta própria os vários cantinhos que passamos mais rápido com o guia.




No meio de tantos cliques, o Lipe tirou essa foto que eu adorei!


No meio de tantas andanças encontramos as funcionárias mais ilustres do governo peruano em Machu Picchu, são as lhamas! Elas trabalham comendo a grama do parque para que nos cresça. Assim o mato fica sempre bonitinho, graças as nossas amigas lhamas!


E descobrimos que as lhamas de Machu Picchu são condicionadas. Elas ouvem o barulho do saco plástico, associam à comida e vem em direção à pessoa que fez o barulho. Era muito engraçado, pq o Lipe ficava mexendo no saquinho e onde a lhama estivesse ela voltava e quase avançava no nosso lanchinho. Então, se você quiser tirar uma foto bem pertinho da lhama, leve um saquinho de biscoito e faça bastante barulho, mas lembre-se: não alimente a lhama!


Por volta de 13h já tínhamos andado bastante pelo parque. Então nos despedimos de Machu Pichu e fomos pegar o ônibus de volta para Águas Calientes.


Na saída do parque fomos carimbar nosso passaporte para registrar e guardar com carinho esse momento tão especial.


Pegamos o ônibus, descemos e fomos almoçar em Águas Calientes. Andamos um pouco pelo povoado e achamos ainda mais charmoso do que de noite. As cores, a montanha ao fundo, os moradores, tudo nos encantou!


Encontramos um restaurante muito bom, mas eu não lembro o nome, lembro apenas que ficava na rua principal de Águas Calientes. Lá era pago um preço fixo por pessoa e dava direito a uma sopa de entrada + prato principal + sobremesa, somente a bebida era a parte. No final das contas, eu e Lipe pagamos apenas 45 soles por tudo isso!!! E tudo estava super saboroso!



Após o almoço, voltamos ao nosso hotel para buscar nossos mochilões. Enquanto o Lipe buscava as mochilas fiquei no restaurante do hotel, que funciona no primeiro andar, e percebi um volume embrulhado muito grande nas costas de uma peruana. Alguns instantes depois percebi que era uma criança! Aquela mulher estava trabalhando normalmente carregando nas costas seu filho de aproximadamente 2 anos de idade todo embrulhadinho dormindo. Achei super interessante e fiquei conversando com ela sobre a criança, ela me perguntou se já tinha filhos e eu disse que ainda não. Quando chegou nossa hora de ir para a estação, ela me presenteou com uma lembrancinha, foi um gesto tão carinhoso que fiquei até emocionada. Ela desejou que eu tivesse muitos filhos!


E então, estava na hora de voltar para Cusco, mas tínhamos um longo caminho de volta... Pegamos o trem e aproveitamos para tirar fotos por dentro, pois ele é super bonito!



E por fim conseguimos ver as lindas paisagens do trajeto até Ollantaytambo, ao contrário do dia anterior em que pegamos o trem à noite. O Lipe dormiu a viagem inteira, então acho que ele está vendo a paisagem através das fotos desse post rsrsrs.



Pegamos o trem às 14:55 e chegamos à Ollanta às 16:30h. Ainda tínhamos que chegar em Cusco e aí escolhemos a opção de uma van que tem o ponto bem perto da estação de trem. É só ir andando pela rua principal em frente à estação e aí tem um terreno com várias vans estacionadas e motoristas gritando "Cusco"!!! O valor da van é de 10 soles por pessoa. As malas vão em cima da van, amarradas de forma meio perigosa. Mas como estávamos com mochilas, demos um jeitinho delas irem conosco dentro da van, achamos assim mais seguro, mas tb foi mais desconfortável. O trajeto durou cerca de 2:30h e foi bem cansativo, por causas das curvas e da altitude. Lipe passou mal novamente e ainda ficou muito preocupado pq o motorista da van disse que estava muito cansado e sem comer desde de manhã. Ele estava dirigindo igual um doido pelas estradas para fazer o maior número de viagens no dia. Eu dormi igual um anjinho...

Chegamos por volta de 19h em Cusco, a van nos deixou próximo à Plaza de Armas. Mas nossa viagem não tinha acabado.... ainda tínhamos uma  outra viagem, iríamos passar a madrugada no ônibus rumo à Puno. Compramos com antecedência de 2 meses a passagem pelo site: http://www.cruzdelsur.com.pe/ e custou 75 soles por pessoa. Tinham várias outras opções de passagem, tinha uma mais barata (29 soles), na parte de cima do ônibus, com uma cadeira que não reclinava muito. Mas sabíamos que estaríamos muito cansados, então investimos na melhor poltrona e pagamos um pouco a mais.

Então pegamos um táxi na Plaza de Armas até o terminal de ônibus da Cruz del Sur, que é muito próximo ao centro e o táxi nos cobrou apenas 6 soles pelo trajeto. A empresa tem seu próprio terminal, é ótimo, bem confortável, tem banheiro, lanchonete, só não tem wi-fi. Mas enquanto estávamos no táxi ouvimos sobre um terremoto no sul do Peru, justamente para onde estávamos indo e aí ficamos muito preocupados. Mas percebemos que para os peruanos isso não é uma grande novidade, eles estão acostumados com abalos sísmicos! Enfim, chegamos ao terminal da Cruz del Sur e fomos perguntar sobre o terremoto, mas os funcionários nos informaram que a cidade para a qual iríamos - Puno - não tinha sido atingida e que a viagem seria tranquila. Passado o susto, fomos descansar até o horário do nosso embarque no ônibus.


Gostamos muito do ônibus, a poltrona era confortável e reclinava bastante, tinha uma televisão interativa na frente, serviram jantar, refrigerante, nos deram travesseiros e lençol. O ônibus tb tinha aquecedor, então não sentimos nenhum frio durante a noite. Enfim, foi uma viagem bem tranquila.


E assim, terminamos nosso dia...

DIA 5: Islas: Uros, Utama, Amantani

Chegamos por volta de 5 horas da manhã em Puno, o ônibus nos deixou no Terminal Rodoviário da cidade e Germano, responsável pela empresa Titicaca Tour (http://www.titicacatour.com/) já estava nos aguardando. Tinha reservado anteriormente com ele pela internet o tour de dois dias e uma noite pelas ilhas de Uros, Amantani e Taquile e ele nos cobrou 45 dólares por pessoa. O passeio dá direito à transporte, alimentação e alojamento na casa de nativos. Tinha lido anteriormente sobre esse tour, sabia das dificuldades, da falta de luxo, mas mesmo assim, eu e Lipe decidimos conhecer essas ilhas.

Pois bem, chegamos ao terminal, encontramos o Germano e ele nos levou para tomar um café-da-manhã em uma das lanchonetes do terminal. Essa primeira refeição já foi paga por ele, nem sabíamos que já estava incluída. Mas a verdade é que não gostei muito do local e a partir desse momento eu sabia que teria que ter muito cuidado com a água e com a comida, pois não queria ter dor de barriga.

Deixamos os mochilões na agência, que funciona dentro do próprio terminal, e fomos para o passeio com uma mochila menor, carregando somente o que precisaríamos para esses dois dias, pois iríamos caminhar muito. Nesse momento, fomos enrolados pela primeira vez na viagem. Germano não tinha troco para 100 dólares, ele disse que tinha apenas uma nota de 20 dólares. Então, eu, inocentemente, ofereci dar 110 dólares e pegar os 20 de troco. Enganação! Depois de dois dias, tentamos usar os 20 dólares mas a nota não foi aceita em nenhum outro lugar de Puno! Tentamos voltar na agência para trocar a nota e a agência estava fechada. Tentamos ligar para funcionário que nos deu a nota, ele disse que estava indo nos encontrar mas nunca apareceu... Um prejuízo... mas depois na Bolívia conseguimos trocar a bendita nota rsrsrs!

Depois disso tudo, um táxi nos levou do terminal até o porto para pegar o barco.



Pegamos o barco e zarpamos... em 30 minutos chegamos na primeira ilha: Uros. É uma ilha flutuante, foi toda construída com material retirado do próprio lago chamado totora. Os Uros amarram essa totora no fundo do lado e constroem suas casas sobre o rio. Por isso a ilha é chamada de ilha flutuante e realmente dá pra sentir a ilha se movendo conforme o movimento das águas.


Fomos recebido pelo presidente da comunidade que nos explicou no idioma local como funciona o dia-a-dia dos nativos. Toda a explicação era traduzida pelo guia para espanhol e inglês. Após a explicação, os Uros nos ofereceram um passeio no barco até uma outra ilha chamada Utama.


Chegamos em Utama, que fica a menos de 5 minutos de Uros. Em Utama tem um restaurante, banheiro e um local para carimbar o passaporte, assim como Machu Picchu. Mas eu não tinha lido nada a respeito desse carimbo e fiquei preocupada, então não carimbei meu passaporte. Tiramos algumas fotos em Utama e ficamos contemplando a grandiosidade e beleza do lago Titicaca.


Saímos de Utama e fomos em direção a Amantani, que seria a ilha em que passaríamos a noite. Esse trajeto durou 2 horas, mas fiquei contemplando o lago que fica a 3810m de altitude e é maior lago navegável do mundo. A paisagem é incrível, mas os efeitos da altitude começaram a aparecer novamente. Meu nariz ficou completamente seco e chegou a sangrar, a sorte é que tinha comprado um genérico do neosoro em Cusco e isso aliviava um pouco o ressecamento.

Chegamos em Amantani por volta de 13:00h. Assim que chegamos o nosso guia que era uma pessoa um pouco enrolada demorou para fazer a divisão dos turistas para cada família de nativo. No nosso grupo não tinha um brasileiro... uma pena... a maioria eram europeus e aí a comunicação ficou bem difícil pq eu não conseguia entender uma palavra do inglês falado pelos franceses... pelos alemães então... até a comunicação com nosso guia estava difícil, pq ele era nativo da ilha e falava espanhol com um sotaque que era super difícil de entender. Em alguns momentos, eu entendia melhor o inglês dele do que o espanhol.

Por fim, ficamos com a família da mama Paola.



Ela nos levou até sua residência, fomos subindo, subindo, subindo e ficando cada vez mais cansados e com mais falta de ar. Mas o visual compensava.


Chegamos na residência, e Paola nos mostrou nosso quarto. Era tudo muito simples, muito simples mesmo.


Ficamos somente eu e Lipe nessa residência, então tivemos um quarto só para nós dois. Assim que chegamos Lipe avistou um banheiro do lado de fora e foi logo fazer um xixi.


Depois, Paola nos mostrou um outro banheiro, dentro da casa, mas também não era lá grandes coisas. Não tinha chuveiro nem descarga nem água na bica... enfim... bem precário.

Deixamos a mala no nosso quarto e enquanto Paola preparava nosso almoço fomos dar uma volta na ilha. Encontramos paisagens incríveis!




Retornamos para a casa e almoçamos uma comidinha bem simples, à base de legumes. O menu é sempre vegetariano, não tem carne alguma. Comemos queijo, batatas, arroz, e outros legumes que não me lembro.

Logo depois do almoço fomos nos encontrar com nosso grupo e com o guia para subirmos até o topo da ilha. O roteiro era ver o pôr-do-sol no templo da Pachamama, que é considerada a Mãe Terra. A subida foi terrível! Nunca passei tão mal... dava alguns passos e já parecia que meu coração ia explodir! E nosso grupo era formado por super atletas que conseguiam suportar a altitude tranquilamente. Eles foram na frente e eu e Lipe bem atrás do grupo, perdemos várias explicações do guia, pq não conseguíamos acompanhar o grupo.



E por fim, depois de muitas andanças, e quase 1:30h de subida, chegamos ao topo da ilha.


Assim que chegamos, encontramos uma feirinha de artesanato, bem na entrada do Templo.



A vista lá de cima é bem bonita:



Eu já estava bem irritada nessa hora, confesso.... o visual lá de cima é bem bonito, mas acho que não valeu a pena tanto esforço. Além do cansaço, havia o frio que estava insuportável... Vimos o pôr-do-sol, descemos já na escuridão e o filho de Paola estava nos aguardando na quadra de esportes para nos levar de volta até a residência deles. Nesse trajeto tivemos que usar nossas lanternas pois não havia energia elétrica e a noite já tinha caído.

Após o jantar, Paola nos ofereceu para ir conosco até uma festa que ocorreria na aldeia, mas estávamos muito cansados. Resolvemos dormir cedo, e por volta de 20h já estávamos na cama para a noite mais fria que tínhamos passado até o momento. Naquela noite, pela primeira vez senti saudade de casa... senti saudade do meu Rio de Janeiro com 40º, saudade da minha cama quentinha, saudade do meu chuveiro, saudade...

DIA 6: Islas: Amantani e Taquile, Puno

Depois de uma noite mal dormida, pq estava muuuuuito frio. Acordamos cedo, arrumamos nosso humilde quartinho e fomos fazer nossa higiene matinal... Bem, não havia água encanada nem para escovar os dentes. Então usei água mineral da minha própria garrafinha para fazer isso. Fiquei com nojo do balde cheio de lodo que havia no banheiro...Bem, como já disse no post anterior, não havia chuveiro para tomar banho e isso me deixou muuuuito irritada. É claro que eu já sabia que teria que ficar sem tomar banho, mas não imaginei que seria tão terrível. E o mais interessante é que nossos amigos europeus não estavam nem um pouco preocupados com isso! Como eles são porquinhos!!!

Deixamos nosso quarto e fomos tomar café-da-manhã.



A filha da Paola preparou umas panquecas, queijo, pão, café e chá. Além disso, como sempre, tinha batatas.. não aguentava mais batatas e legumes e só pensava em um maravilhoso Big Mac! Estava muito ansiosa para ir embora daquele lugar, essa era a verdade...

Nos despedimos da família de Paola que era composta por ela, o esposo, a filha, o genro e uma netinha que ficava olhando para nossa comida doida para comer aquelas guloseimas. A verdade é que a comida deles é diferente da nossa, é bem mais simples. 


Bem, começamos a descer em direção ao porto para encontrar com nossos companheiros de viagem e partirmos para a última ilha do lago Titicaca que conheceríamos nesse passeio: Taquile. Durante essa descida, fiquei contemplando pela última vez a isla Amantani e pensando no modo de vida dos habitantes da ilha. Tudo é compartilhado entre eles, até mesmo o turismo é feito de forma que todos da ilha possam hospedar turistas e assim obter uma renda. Amantani me fez pensar e agradecer a Deus por tudo que tenho, pelas coisas simples e pelas maiores. Enquanto descia a Ilha, agradeci a Deus pela minha casa, pela luz elétrica, pela água encanada, pelo meu emprego, pela minha família, por tudo... Vou confessar que detestei Amantani, que nunca mais volto naquele lugar, mas que tive um momento muito especial naquela manhã, senti um nó na garganta, uma vontade imensa de chorar, de estar em casa. 


Chegamos ao porto e ficamos esperando pelos nossos amigos enquanto tirávamos várias fotos.


Até que todos chegaram e tivemos um momento de despedida das nossas mamas. Todas estavam no porto, vestidas com o mesmo traje típico. Confesso que demorei para encontrar a mama Paola, pq todas ficam muito parecidas com essas roupas rsrrs.


Entramos no barco e levamos 1:30 para chegar até Taquile. Nesse momento, nosso guia mais uma vez se enrolou com as explicações. Ele disse que poderíamos conhecer uma parte da ilha e se não quiséssemos andar durante 40 minutos até chegar ao outro lado poderíamos ir de barco e encontrar o restante do grupo lá. Ele DISSE isso! Pois bem, eu e Lipe acreditamos nele, descemos, e conhecemos essa parte da ilha...


Taquile é uma ilha que é um patrimônio protegido pela UNESCO, devido à importância história desse povo que guarda muito da sua cultura e dos seus costumes. Durante uma pequena subida até a praça principal passamos por vários arcos construídos e vimos vários moradores cuidando da terra e dos animais. Uma vida bem tranquila...




E aí, chegamos na praça principal em que vimos um pequeno comércio, uma igreja e algumas casas. 


Depois desse passeio, o grupo foi conhecer outra parte da ilha, eu e Lipe já estávamos muito cansados da andança do dia anterior, quando subimos Amantani por quase 1:30 para ver o pôr-do-sol mixuruca da ilha. Então, pedimos para voltar para o barco para atravessar a ilha de barco e não andando, conforme o guia tinha explicado. E aí, veio a notícia terrível: o barco já tinha zarpado para o outro lado da ilha! Ficamos desesperados! Eu não aguentava mais andar! Eu não aguentava mais a altitude! Eu não aguentava mais o Lago Titicaca!

Tivemos que ir com o grupo e até que a caminhada não foi tão terrível pq não era uma subida, era um caminho plano, reto, contornando a ilha até o seu lado oposto. 


E nesse caminho, nós decidimos fazer uma modificação no nosso roteiro de viagem. O programa até então era conhecer mais uma ilha do lago Titicaca, a Isla del Sol na parte da Bolívia do Lago. Iríamos no dia seguinte para Copacabana e depois para essa ilha. Mas já tínhamos visto muito desse lago, as paisagens eram bem parecidas e então, desistimos de ir para Copacabana e para Isla del Sol. Uma das vantagens de viajar por conta própria, sem agência, é a possibilidade de alterar o roteiro a qualquer momento, de acordo com o nosso desejo.

Depois que alteramos nosso roteiro, fiquei mais tranquila. E comecei a olhar aquela paisagem e pensar nas belezas naturais do meu país. Estava muito saudosista nesse dia... Sinceramente, Arraial do Cabo é muito mais bonito do que essas ilhas... fiquei pensando nas praias que adoro... no calor do Rio.... E isso me deixou ainda mais calma... 

Chegamos em uma residência de um dos moradores e ele ficou nos explicando sobre os chapéus que cada nativo usa de acordo com o estado civil. 

Esse é o chapéu usado pelos homens casados:


Esse o chapéu usado pelas mulheres casadas:


E esse o chapéu usado pelos homens divorciados:


Após a explicação, foi oferecido um almoço com comidas típicas pelo valor de 35 soles por pessoa. Eu não aguentava mais aquela comida, então, eu, Lipe, uma chilena e uma equatoriana, continuamos a descer a ilha rumo ao porto. Ficamos no porto por 1 horas aguardando os outros e quanto isso tiramos várias fotos. 

 

Estávamos muito cansados, então deitamos no chão mesmo, e ficamos descansado...


Então, finalmente chegou a hora de voltar para Puno. Estava muito ansiosa para chegar na cidade e ir para o Hotel Mirador del Titikaka. Como eu sabia que estaríamos doidos por um quarto bem confortável reservei com antecedência o melhor hotel de Puno! Ele fica afastado do centro, fica no alto de uma colina e tem uma vista espetacular da cidade.

Chegamos à Puno por volta de 16h, fomos até a agência buscar nossos mochilões e depois fomos comprar a passagem para La Paz para o dia seguinte. A empresa que faz esse trajeto é a Tour Peru, mas ela já não tinha ingressos disponíveis, então tivemos que escolher uma outra empresa (que agora não me lembro o nome, acho que era Titicaca Bolívia), compramos as duas passagens pelo valor de 60 soles e escolhemos o horário de 14:30. Parece que só tem dois horários de saída, um pela manhã e esse de 14:30h. Como queríamos aproveitar bastante o hotel de Puno escolhemos a saída na parte da tarde.

Com as passagens compradas, procuramos um táxi para nos levar até o hotel. Já tinha lido que a média do valor do táxi era de 15 soles, mas os taxistas nos cobraram 35 soles pela corrida. Desistimos e fomos para o outro lado do terminal procurar por outros táxis. E aí, encontramos o tuc-tuc que nos cobrou 10 soles pela corrida. É claro que o tuc-tuc não é tão confortável quanto o carro, ele é pequeno, apertado, barulhento, além de andar mais devagar, mas por 10 soles valia a pena!


Chegar ao Mirador del Titikaka não é fácil, o caminho é bem complicado e o motorista não conhecia. Ele teve que parar diversas vezes para perguntar até encontrar o caminho certo. Quando chegamos, o Lipe deu até uma gorjeta mais gordinha para o motorista pq vimos que realmente o trajeto foi bem mais complicado do que ele imaginava.


Chegamos e ficamos encantados com o hotel! Ele é lindíssimo!!!! Fomos muito bem recebidos pelos funcionários e eles nos acomodaram no melhor quarto que já tínhamos experimentado durante toda a viagem! A vista do quarto é espetacular!


Assim que entrei no quarto fiquei pulando igual criança de felicidade, afinal, depois de dois dias de sufoco nas ilhas do Titicaca, era muuuuito bom estar em um lugar confortável e limpinho.


O quarto é super grande, quando eu fui reservar só tinha a opção com 2 camas de casal, então como queria muuuuuito ficar nesse hotel, reservei assim mesmo. O quarto tem tb um item muito importante para o inverno: aquecedor. Pela primeira vez não precisei ficar com várias camadas de roupas para enfrentar o frio da noite!


Após conhecer o quarto todo, tomei um banho bem quente de quase 1 hora! Se vc acompanhou o post anterior vai perceber que eu não havia tomado banho na Isla Amantani, pois na casa da mama Paola não havia chuveiro... então, precisava ficar de molho nesse banheiro lindíssimo rsrsrs.

Estávamos com muuuuuita fome, e o hotel tem um restaurante maravilhoso, pedimos dois pratos bem saborosos e eles nos serviram no quarto. Foi uma refeição muito agradável, enquanto comíamos, ficamos observando o entardecer e as luzes da cidade...


Definitivamente, estávamos adorando o Mirador! Foi a nossa melhor escolha! Ainda bem que pensei com antecedência que precisaria do melhor hotel de Puno após o passeio de dois dias pelas Ilhas! Valeu a pena investir nesse luxo!

DIA 7: Hotel Mirador del Titicaca e ida para Bolívia

Acordamos mais tarde nesse dia, afinal precisava repôr as energias e fomos tomar café-da-manhã no restaurante do hotel. Com a iluminação da manhã percebemos que o hotel é ainda mais bonito!



O café é servido individualmente na mesa, não é aquele estilo buffet em que cada um se serve. Eles ofereceram de tudo nesse café, gostamos muuuuito!


Após o café, fomos passear pelo terreno do hotel que tem uma trilha que percorre uma grande distância. Mas é claro que eu não queria ficar andando, só tiramos algumas fotos e ficamos apreciando a vista.





A parte de fora do hotel tb é muito bonita. Percebemos a arquitetura do hotel que é feita de forma que todos os quartos tenham vista para a cidade e para o lago. Esse hotel estava funcionando há apenas 2 meses, mas já estava fazendo o maior sucesso!




O check-in deveria ser feito às 11h da manhã, mas como nosso ônibus só sairia às 14:30h, pedimos para ficar mais um pouco no hotel e o dono nos permitiu. À propósito, ele é uma pessoa muito solícita e que procurou nos agradar em todos os momentos.

Por volta de 13:30, o hotel chamou um táxi para nos levar de volta ao Terminal de ônibus de Puno. Dessa vez, fomos de táxi tradicional, nada de tuc-tuc e o valor cobrado foi bem justo, 15 soles. Chegamos ao terminal e ficamos aguardando nosso ônibus.


No horário agendado, pegamos o ônibus rumo à La Paz. Na verdade o ônibus não é direto para La Paz. Tivemos que fazer uma baldeação em Copacabana, e pegar um outro ônibus para La Paz. Ficamos preocupados com as malas, mas o funcionário nos explicou que estava guardando a bagagem de todos os passageiros que fariam a baldeação no mesmo compartimento. Então ficamos tranquilos. O ônibus era confortável, nada de muito luxo como na Cruz del Sur, mas para uma viagem de aproximadamente 3 horas (até Copacabana), era algo possível.


Durante o trajeto, vimos paisagens incríveis, pois o ônibus vai beirando o Lago Titicaca durante quase todo o tempo.



Até que depois de algumas horas, chegamos à fronteira entre Peru e Bolívia. O ônibus pára, todos tem que descer e seguir a pé até o posto da polícia e depois andamos mais uns 300 metros até o posto da imigração. Nesse trajeto é que encontramos esse ponto turístico do Peru.


Tiramos uma foto com um pé em cada país e assim nos despedimos do Peru...


No posto da imigração havia uma fila imensa. Eu e Lipe fomos um dos primeiros a serem atendidos, mas muita gente correu o risco de perder o ônibus por causa da burocracia. O motorista do ônibus deu 20 minutos de prazo, quem não voltasse para o ônibus nesse período, ficaria para trás e teria que pegar o próximo ônibus.


Passaportes devidamente carimbados, era a hora de tentar passar nossa nota de 20 dólares que ninguém aceitou no Peru. Então, tinha uma barraquinha que vendia doces, salgados, água e que tb trocava dinheiro. E foi ali, que conseguimos trocar nossa nota! Fiquei super feliz!!! rsrsrs

Entramos no ônibus novamente e fomos até o centro de Copacabana. Lá, o ônibus que iria até La Paz já estava nos aguardando. Pegamos as malas, corremos até o ônibus, guardamos as bagagens e entramos. E aí, que começou o terror... Não havia poltrona marcada na passagem, eu pensei que a poltrona seria a mesma do ônibus anterior, só que não! O ônibus já estava lotado e só havia duas poltronas sobrando, quando sentei, percebi que elas estavam quebradas, pois o banco não reclinava. Eu e Lipe encaramos mais 3:30 de viagem em 90º e o pior, o passageiro da frente desceu o banco, e aí ficou ainda mais apertado...

Depois de algumas horas de viagem, paramos na cidade de Tiquina e tivemos que descer do ônibus. Nesse local, o ônibus atravessa o lago em uma balsa imensa e nós passageiros, tivemos que comprar o ingresso no valor de 2 bolivianos por pessoa para atravessar o lago em um barquinho. Nesse momento, já era noite, e foi um pouco assustadora essa travessia, pois o barco era bem rudimentar. Além disso, fazia um frio inexplicável.... estava com vários casacos, luva, gorro, tudo, e nada passava o frio... Mas lembro de ter olhado para o céu e ter visto uma imagem que nunca vou me esquecer, nunca vi algo tão lindo, estrelas tão coloridas, brilhantes, próximas da gente, formando desenhos incríveis no céu da Bolívia...

Descemos do barquinho e fomos procurar nosso ônibus e nesse momento ficamos mais preocupados ainda, pq eu não lembrava qual era o nosso ônibus. Havia dois ônibus da mesma empresa parados e eu não sabia qual era o nosso. Até que percebemos um grupo de jovens americanos e reconhecemos como sendo nossos companheiros do ônibus e fomos atrás deles!

Ainda faltava muuuuito até La Paz, a partir desse momento a viagem foi ficando cada vez mais difícil, pq La Paz é uma cidade muito alta e a altitude começou a me fazer muito mal... me senti muito enjoada, com dor de cabeça...

Quando começamos a ver sinais de civilização o ônibus parou e um casal de bolivianos entrou no ônibus, eles ficaram em pé mesmo, pq não tinha lugar. O boliviano ligou o celular na maior altura e ficou cantando várias músicas enquanto tentava conquistar a boliviana. Eu só queria tentar dormir um pouco, mas ele não me permitiu... eu e Lipe ficamos prestando atenção na conversa deles e no final já estávamos até torcendo pra eles ficarem juntos, pq o boliviano estava investindo alto na cantada rsrsr. Até hoje o Lipe imita o boliviano cantando suas músicas de amor e fazendo várias caras e bocas!!!!

Por volta de 21:30h chegamos em La Paz... A cidade é assustadoramente feia! Parece que estamos em uma grande favela! De noite então, o cenário é ainda pior! O ônibus nos deixou no terminal rodoviário e eu tinha que ir na Todo Turismo para buscar as passagens para Uyuni, que eu já tinha reservado pela internet, mas a loja da empresa que fica em frente à rodoviária já estava fechada.

Pegamos um táxi até o Hotel Berlina e pagamos Bs 12,50. O quarto era bem grande e espaçoso, e além disso tinha meu objeto favorito: aquecedor! Só achei a decoração um pouco brega, tinha uma pintura na parede super cafona, mas de resto era um excelente hotel.



Estávamos com fome, então pedimos uma pizza indicada pelo próprio hotel e gostamos bastante. Depois de um banho quente e de uma pizza gostosa, ficamos vendo a Globo Internacional e em poucos minutos dormimos...





Análise de Viagem / Aline, Marcos Felipe e Valentina

Somos uma família apaixonada por viagens!

1 comentários:

  1. Vocês foram que mês para o Peru? E a mochila de vocês é de quantos litrs?

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