sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

2014: Bolívia

Análise de Viagem
DIA 1: Saída de Puno (Peru) para La Paz (Bolívia)

Acordamos mais tarde nesse dia, afinal precisava repôr as energias e fomos tomar café-da-manhã no restaurante do hotel. Com a iluminação da manhã percebemos que o hotel é ainda mais bonito!



O café é servido individualmente na mesa, não é aquele estilo buffet em que cada um se serve. Eles ofereceram de tudo nesse café, gostamos muuuuito!


Após o café, fomos passear pelo terreno do hotel que tem uma trilha que percorre uma grande distância. Mas é claro que eu não queria ficar andando, só tiramos algumas fotos e ficamos apreciando a vista.





A parte de fora do hotel tb é muito bonita. Percebemos a arquitetura do hotel que é feita de forma que todos os quartos tenham vista para a cidade e para o lago. Esse hotel estava funcionando há apenas 2 meses, mas já estava fazendo o maior sucesso!




O check-in deveria ser feito às 11h da manhã, mas como nosso ônibus só sairia às 14:30h, pedimos para ficar mais um pouco no hotel e o dono nos permitiu. À propósito, ele é uma pessoa muito solícita e que procurou nos agradar em todos os momentos.

Por volta de 13:30, o hotel chamou um táxi para nos levar de volta ao Terminal de ônibus de Puno. Dessa vez, fomos de táxi tradicional, nada de tuc-tuc e o valor cobrado foi bem justo, 15 soles. Chegamos ao terminal e ficamos aguardando nosso ônibus.


No horário agendado, pegamos o ônibus rumo à La Paz. Na verdade o ônibus não é direto para La Paz. Tivemos que fazer uma baldeação em Copacabana, e pegar um outro ônibus para La Paz. Ficamos preocupados com as malas, mas o funcionário nos explicou que estava guardando a bagagem de todos os passageiros que fariam a baldeação no mesmo compartimento. Então ficamos tranquilos. O ônibus era confortável, nada de muito luxo como na Cruz del Sur, mas para uma viagem de aproximadamente 3 horas (até Copacabana), era algo possível.


Durante o trajeto, vimos paisagens incríveis, pois o ônibus vai beirando o Lago Titicaca durante quase todo o tempo.



Até que depois de algumas horas, chegamos à fronteira entre Peru e Bolívia. O ônibus pára, todos tem que descer e seguir a pé até o posto da polícia e depois andamos mais uns 300 metros até o posto da imigração. Nesse trajeto é que encontramos esse ponto turístico do Peru.


Tiramos uma foto com um pé em cada país e assim nos despedimos do Peru...


No posto da imigração havia uma fila imensa. Eu e Lipe fomos um dos primeiros a serem atendidos, mas muita gente correu o risco de perder o ônibus por causa da burocracia. O motorista do ônibus deu 20 minutos de prazo, quem não voltasse para o ônibus nesse período, ficaria para trás e teria que pegar o próximo ônibus.


Passaportes devidamente carimbados, era a hora de tentar passar nossa nota de 20 dólares que ninguém aceitou no Peru. Então, tinha uma barraquinha que vendia doces, salgados, água e que tb trocava dinheiro. E foi ali, que conseguimos trocar nossa nota! Fiquei super feliz!!! rsrsrs

Entramos no ônibus novamente e fomos até o centro de Copacabana. Lá, o ônibus que iria até La Paz já estava nos aguardando. Pegamos as malas, corremos até o ônibus, guardamos as bagagens e entramos. E aí, que começou o terror... Não havia poltrona marcada na passagem, eu pensei que a poltrona seria a mesma do ônibus anterior, só que não! O ônibus já estava lotado e só havia duas poltronas sobrando, quando sentei, percebi que elas estavam quebradas, pois o banco não reclinava. Eu e Lipe encaramos mais 3:30 de viagem em 90º e o pior, o passageiro da frente desceu o banco, e aí ficou ainda mais apertado...

Depois de algumas horas de viagem, paramos na cidade de Tiquina e tivemos que descer do ônibus. Nesse local, o ônibus atravessa o lago em uma balsa imensa e nós passageiros, tivemos que comprar o ingresso no valor de 2 bolivianos por pessoa para atravessar o lago em um barquinho. Nesse momento, já era noite, e foi um pouco assustadora essa travessia, pois o barco era bem rudimentar. Além disso, fazia um frio inexplicável.... estava com vários casacos, luva, gorro, tudo, e nada passava o frio... Mas lembro de ter olhado para o céu e ter visto uma imagem que nunca vou me esquecer, nunca vi algo tão lindo, estrelas tão coloridas, brilhantes, próximas da gente, formando desenhos incríveis no céu da Bolívia...

Descemos do barquinho e fomos procurar nosso ônibus e nesse momento ficamos mais preocupados ainda, pq eu não lembrava qual era o nosso ônibus. Havia dois ônibus da mesma empresa parados e eu não sabia qual era o nosso. Até que percebemos um grupo de jovens americanos e reconhecemos como sendo nossos companheiros do ônibus e fomos atrás deles!

Ainda faltava muuuuito até La Paz, a partir desse momento a viagem foi ficando cada vez mais difícil, pq La Paz é uma cidade muito alta e a altitude começou a me fazer muito mal... me senti muito enjoada, com dor de cabeça...

Quando começamos a ver sinais de civilização o ônibus parou e um casal de bolivianos entrou no ônibus, eles ficaram em pé mesmo, pq não tinha lugar. O boliviano ligou o celular na maior altura e ficou cantando várias músicas enquanto tentava conquistar a boliviana. Eu só queria tentar dormir um pouco, mas ele não me permitiu... eu e Lipe ficamos prestando atenção na conversa deles e no final já estávamos até torcendo pra eles ficarem juntos, pq o boliviano estava investindo alto na cantada rsrsr. Até hoje o Lipe imita o boliviano cantando suas músicas de amor e fazendo várias caras e bocas!!!!

Por volta de 21:30h chegamos em La Paz... A cidade é assustadoramente feia! Parece que estamos em uma grande favela! De noite então, o cenário é ainda pior! O ônibus nos deixou no terminal rodoviário e eu tinha que ir na Todo Turismo para buscar as passagens para Uyuni, que eu já tinha reservado pela internet, mas a loja da empresa que fica em frente à rodoviária já estava fechada.

Pegamos um táxi até o Hotel Berlina e pagamos Bs 12,50. O quarto era bem grande e espaçoso, e além disso tinha meu objeto favorito: aquecedor! Só achei a decoração um pouco brega, tinha uma pintura na parede super cafona, mas de resto era um excelente hotel.



Estávamos com fome, então pedimos uma pizza indicada pelo próprio hotel e gostamos bastante. Depois de um banho quente e de uma pizza gostosa, ficamos vendo a Globo Internacional e em poucos minutos dormimos...

DIA 2: La Paz

Tínhamos programado de conhecer o Chacaltaya e o Vale de la Luna nesse dia. Já tinha combinado tudo com a agência Colque Tour por email, mas a funcionária pediu que eu ligasse pela manhã somente para confirmar o tour. Pois assim que acordei, liguei para a agência, mas a funcionária me informou que não havia fechado grupo para o passeio. Combinei então de fazer o passeio no dia seguinte, pois ela me confirmou que o grupo já estava confirmado.

Já que não faríamos o passeio, subimos para o último andar do hotel para tomar café-da-manhã com bastante calma.



O hotel disponibiliza mesas na parte coberta e também do lado de fora, no terraço. Mas o frio estava muito intenso, então só tiramos umas fotos do lado de fora e voltamos correndo para o quentinho! Adoramos a vista do hotel, dá pra ver toda a cidade!



Após o café-da-manhã fomos conhecer a cidade e resolver algumas questões de ingressos e vouchers que precisaríamos para os próximos dias. Nossa primeira parada foi no escritório da Colque Tours, e lá pagamos dois passeios: Chacaltaya e Vale de La Luna que faríamos no dia seguinte e o passeio de 3 dias pelo Deserto partindo de Uyuni com translado até San Pedro de Atacama, incluindo alimentação e hospedagem. O valor dos dois passeios para duas pessoas ficou no total de Bs 1860,00. Além disso, já separamos os valores das entradas (que não estava incluído no pacote com a agência). Para o Vale de la Luna gastaríamos Bs 30,00 por pessoa e para o Deserto gastaríamos Bs 180,00 por pessoa.

Depois nossa outra parada burocrática foi no escritório da Todo Turismo. Eu já tinha reservado as passagens por email, através do site: http://www.todoturismo.bo/. Quando chegamos ao escritório percebemos que se tivéssemos deixado para comprar na hora, sem reserva, não teríamos encontrado passagens. Elas esgotam super rápido! Pagamos o valor de 37 dólares por pessoa, pegamos nossa passagem e voltamos caminhando em direção ao centro de La Paz.

Aí fomos curtir a cidade, mas eu não tirei muitas fotos, pois não levei minha máquina fotográfica. Não me senti segura para andar com uma máquina profissional pela cidade, achei que seria muito arriscado.

Depois de muitas andanças e algumas comprinhas de artesanato, escolhemos o restaurante Sol y Luna para almoçarmos.


O restaurante ainda estava vazio quando chegamos, pois era exatamente 12h. Por volta de 13h, percebemos que ele ficou mais cheio e que o público que o visita é predominantemente de turistas.


Comemos uma sopinha de abóbora de entrada, que estava uma delícia.


E depois pedimos os pratos principais. O restaurante oferece comida de vários países, o cardápio não tem como não agradar a todos!



E de sobremesa pedimos um sorvete de doce de leite com mousse de chocolate.


Encontrar um bom restaurante na Bolívia é uma árdua tarefa, isso pq eles não tem muita preocupação com a higiene. Como a comida é muito barata, inclusive em bons restaurantes, optamos por escolher os melhores, assim garantiríamos a qualidade da comida e evitaríamos problemas com infecção intestinal, que é algo muito comum em turistas na Bolívia. Um bom restaurante, como esse Sol e Luna, não tem um preço tão impossível. Gastamos ao todo (com entrada, prato principal, sobremesa, refrigerante e gorjeta) o valor de Bs 200,00, equivalente a R$ 73,00. Esse preço para um casal em qualquer restaurante do Rio já é uma pechincha e tanto!

Após o almoço, fomos para o centro histórico de La Paz. Conhecemos uma praça em que não conseguimos ficar nem 10 minutos nela. Ela é infestada de pombos! São centenas, milhares, sei lá! E as pessoas ficam brincando com eles, deixando eles pousarem na cabeça, no ombro! Terrível! 



Perto dessa praça tem o Museu Nacional de Arte, que tem entrada gratuita. Conhecemos as salas, mas é um museu bem pequeno, rapidinho o passeio termina. 


E conhecemos o prédio da Polícia Boliviana e pudemos perceber os buracos de tiros na fachada do prédio, fruto de uma manifestação popular. 


Conhecemos o prédio do Governo:


E depois disso, rodei pelas lojas de La Paz a procura de um casaco específico para o frio, pois sabia que no Deserto eu iria precisar. Encontrei um da The North Face por Bs 240,00 que era impermeável, térmico e que ainda cortava o vento. Sei que no calor do Rio eu jamais usarei o casaco, mas ele me salvou no deserto! Compramos também outras luvas, meias e passamos no mercado para comprar um estoque de guloseimas e de água. Compramos muuuuuita coisa no mercado e pagamos apenas Bs 40,00!!! Eu estava me sentindo rica na Bolívia!!! Tudo é muuuuito barato! 

Assim, abastecidos, voltamos para o hotel e descansamos um pouco. 

À noite, fomos jantar no Restaurante Tambo Colonial que funciona dentro do Hotel Colonial, que ficava bem pertinho do nosso Hotel. Nesse restaurante comemos muito bem, mas o atendimento não foi dos melhores...





Voltamos para o hotel e fomos descansar para no dia seguinte conhecermos o tão sonhado Chacaltaya.


DIA 3: Chacaltaya e Vale de La Luna

Acordamos bem cedo, tomamos café e descemos para aguardar a agência nos buscar para o tour. No horário agendado o funcionário chegou ao hotel, entramos na van e seguimos buscando outros turistas. Nesse passeio fomos junto com mais três brasileiros, adoramos quando encontramos conterrâneos nos passeios pois fazemos a maior bagunça na van. Falamos sobre política, sobre o clima do Brasil, sobre a liberação da maconha (tema arduamente defendido por um dos brasileiros), sobre a folha da coca rsrsrsr! Foi bem divertido!

Depois de alguns minutos, percebemos que a cidade ficava cada vez mais distante e estávamos entrando em uma área desabitada. E de repente, ele surgiu! Era difícil acreditar que chegaríamos até o topo dessa enorme montanha que estava atrás de nós!


Mas continuamos a subir... e a montanha ficava cada vez mais próxima:


Essa montanha é o símbolo da Paramount, que aparece em todos os filmes bem no início. Olhem só:


Continuamos a subir e meu nariz começou a sangrar... já estava cheio de casquinhas, eu estava toda entupida, foi terrível! Mas o visual valeu a pena cada esforço! A van parou bem no pé do topo da montanha, mas ainda tivemos que andar um bom pedaço a pé. Nesse local já funcionou a mais alta estação e esqui do mundo, mas por causa do aquecimento global a neve aqui está bem escassa.


Depois de vermos a antiga estação da esqui, começamos nossa subida...


Precisávamos parar de 5 em 5 minutos para respirar e descansar, é realmente muuuuito difícil encontrar oxigênio nessa altitude.


E a cada parada, era uma sessão de fotos:


Até que pisamos na tão sonhada neve:


E chegamos ao cume do monte:




Lá de cima, percebemos a mistura entre deserto, neve, lagos, montanhas... para cada lado em que olhávamos, ficávamos ainda mais encantados com o lugar.








Depois de tudo isso, sentimos muita fome e fizemos um pique-nique no alto da montanha. Quando pegamos nossa batata ela estava toda estufada por causa da altitude!


Depois do nosso lanchinho, começamos a descer a montanha e aí ganhamos um incrível presente: começou a nevar! O tempo fechou rapidamente, tudo ficou muito diferente de como estava e flocos de neve caíram do céu! Esse momento ficará para sempre na nossa memória! O guia rapidamente desceu a montanha e ficamos de dentro da van observando esse incrível fenômeno da natureza... nunca vi nada tão lindo!

Atravessamos toda a cidade de La Paz, pois o Vale de la Luna fica no lado oposto ao Chacaltaya. Chegamos no Vale, compramos nosso ingresso e fomos passear por esse parque que é extremamente curioso.


Esse sítio arqueológico tem esse nome pq as formações rochosas aparentam o solo da Lua.




O passeio dura 45 minutos e é uma trilha pelo parque acompanhada pelo guia que vai explicando cada detalhe.


No final do passeio tem uma lojinha, banheiro limpinho e uma estátua esculpida.


Após esse longo dia, voltamos para o hotel, descansamos um pouco, fizemos nossas malas e partimos rumo ao Terminal da Todo Turismo para pegar o ônibus às 21:30h. A empresa não funciona no Terminal de Ônibus, ela tem sua própria loja que fica em frente. Lá entregamos nossas mochilas e entramos no ônibus, que é super confortável, tem calefação, travesseiro, lençol, jantinha, café-da-manhã, tudo bem direitinho. A viagem dura 13 horas até Uyuni. A primeira metade do trecho está asfaltada e dá pra dormir tranquilamente. Por volta de 2 horas da manhã o ônibus fez uma parada em uma cidadezinha, eu desci para ir ao banheiro no escritório da própria empresa e depois voltei para o ônibus. O trecho seguinte foi bem mais complicado, pq a estrada é de barro, mas eu estava bem cansada, então dormi mesmo assim. E assim acabou o dia...


DIA 4: Uyuni

Chegamos em Uyuni por volta de 10:30h e fomos direto para o Hotel .

Tiramos esse dia somente para conhecer a pequena cidade de Uyuni e descansar, afinal enfrentaríamos três dias no deserto e isso merecia um baita preparo. Percebemos que muita gente desceu do ônibus e foi direto para o passeio no deserto e ficamos bem assustados, mas já tinha percebido que nossos amigos europeus não são muito chegados em banho, então para eles é tranquilo ficar vários dias sujinhos. Nós brasileiros gostamos de água, de banho, de limpeza, então nada melhor do que ficar uma noite em Uyuni e partir para o deserto bem limpinho, para aí sim, aguentar ficar sem tomar banho.

O hotel que ficamos era bem agradável, o nome é Le Ciel d'Uyubi, mas não tinha elevador e nosso quarto ficava no quarto andar. Subir e descer com a altitude era sempre um desafio, chegava no quarto sempre quase morrendo! A vista que tínhamos do hotel era da rua principal de Uyuni.


A cidade é minúscula e vive basicamente do turismo na região do deserto. Tirei apenas duas fotos na cidade rsrsrs...



Almoçamos no restaurante Sal Negra e gostamos muito da comida. Tinha gosto de comida caseira! Comemos uma sobremesa de banana com chocolate tb muito gostosa. E voltamos para o hotel para dormir. Dormimos a tarde toda... zzzzzz.... acordamos e já era de noite!

Escolhemos uma pizzaria que é a número 1 do Trip, a Pizzaria Donna Isabella. Foi bem difícil de achar o local, pq é em uma casa muito simples, não tem um grande letreiro, nada muito chamativo. Funciona na verdade dentro de uma residência. Achamos estranho um local tão simples e escondido ser a pizzaria mais famosa da cidade. Mas aí começamos a entender. O dono da pizzaria que é neto da fundadora, D. Isabela, nos atendeu e preparou a pizza na nossa frente, colocou no forno e ficamos conversando e esperando a pizza ficar pronta. Quando ele nos serviu nós experimentamos uma das melhores pizzas que já comi! É muuuito boa!

Voltamos para o hotel e novamente dormimos...

DIA 5: Deserto do Sal / Salar de Uyuni

Acordamos mais tarde, afinal a saída para nosso passeio estava marcada para 11h. Tomamos café com calma, tomamos um BOM banho (como se pudéssemos estocar limpeza rsrsrs), fizemos check-out no hotel e fomos caminhando até a Colque Tour. No caminho, compramos água, lenço umedecido para bumbum de nenê (acredite, você vai precisar), e mais biscoitos. Alguns itens são indispensáveis para o tour no deserto, são eles: água potável, biscoitos, protetor solar, protetor labial, Neosoro, colírio, manteiga de cacau, óculos de sol e saco de dormir (alugamos o nosso na própria agência.

Nosso guia chegou e nos levou até o Jeep 4x4 em que faríamos a travessia.No carro já estava um casal de chilenos, a Marlene e o Erick e dois espanhóis, o Raul e o Manuel. Rapidamente nos apresentamos e ficamos felizes por estarmos em companhia de pessoas tão agradáveis, afinal passaríamos os próximos 3 dias juntinhos!

A primeira parada do dia foi no Cemitério de Trens que é um ferro velho com trem abandonados. Engraçado que é tudo muito velho e ao mesmo tempo muito lindo! Fizemos fotos incríveis!







Saímos do Cemitério e fomos em direção a um povoado onde tinha sal pra todo lado!


Encontramos também o Museu de Sal, tudo nele é feito de sal!





Saímos do cemitério em direção ao deserto. Conforme nos afastávamos começamos a ver a areia ficando cada vez mais branca, é pq não era mais areia, era sal!





A cor do sal nessa parte do deserto ainda não era tão branquinha, tinha muita sujeira. 


Mas conforme fomos entrando no deserto, o sal foi ficando cada vez mais branco. Tínhamos que usar óculos escuros durante todo o tempo pq a claridade incomodada a vista. 


Nossa próxima parada foi em um restaurante no meio do deserto, em que tem esse monumento imenso do Dakar. A fila para tirar essa foto era imensa, e depois de alguns minutos de espera, conseguimos nossa fota.


Além do restaurante e do monumento tb tem esse local com bandeiras do mundo todo. É claro que o Brasil tb está representado.


E no meio de bandeiras de várias nações, eis que encontramos uma bandeira nação rubro-negra! Nem somos flamenguistas, mas tivemos que registrar esse momento.


E aí, fomos andar pelo deserto:





Voltamos para o Jeep e nossa próxima parada foi na Ilha Incahuasi, ela de fato parece uma ilha no meio do deserto. Antes de conhecermos a ilha, nosso guia preparou o nosso almoço e comemos ali em um dos bancos da ilha.



Após o almoço ficamos no deserto tirando as tradicionais fotos com efeitos. Descobri que é extremamente difícil fazer isso, pq tive que me deitar no chão para conseguir os ângulos apropriados para que as fotos ficasse legais. Ficamos com o casal de chilenos tentando milhões de vezes até que as fotos ficassem do jeito que imaginamos. Eles tiravam as nossas fotos e nós tirávamos as deles.


E aí começamos a sessão de fotos:






Depois das fotos, começamos a subir a ilha com cactos gigantes de até 12 metros. A ilha é muito linda! Tem paisagens surpreendentes e uma vista panorâmica do deserto de tirar o fôlego.






Depois da ilha, viajamos mais 2 horas para chegar até nosso destino para passar a noite, chegamos no Hotel de Sal.



Tudo nele é de sal, as paredes, as camas, o criado mudo, tudo! Achamos bem confortável, eu e Lipe ficamos em um quarto, mas não tinha cama de casal, apenas cama de solteiro.




Nessa noite consegui tomar um banho bem quentinho e trocar de roupa. Nesse ponto do deserto o frio não é tão intenso, então a água não congela. Precisava tomar banho pois eu já sabia que na próxima noite, não haveria água, já que estaríamos em um lugar muito frio. 

Após o banho fomos jantar. O jantar foi um frango, batata, legumes e coca-cola. Eu não quis comer nada com medo de ter dor de barriga, já que não sabia as condições higiênicas em que prepararam aquele jantar. Comi apenas uma batatinha cozida... e fui dormir. A noite não foi tão fria quanto eu imaginava, nem precisamos do saco de dormir, pois o quarto estava com uma temperatura agradável. 

Dormimos...

DIA 6: Deserto

Acordamos cedo, por volta de 7 horas da manhã e eu comecei a me sentir mal... minha barriga estava muito estranha, parecia que tinha um bicho vivo dentro dela rsrsrs. Enfim, encurtando a história, tive uma dor de barriga terrível! E tudo por conta de uma batata cozida, a única coisa que comi na noite anterior. Depois de momentos de quase-morte, eu me lembrei que havia levado na minha caixinha de medicamentos um Imosec. E esse remédio foi a minha salvação! Depois dê mandar um comprimido para dentro, fui tomar café com o grupo, mas a partir desse momento não comi mais nada que o guia oferecia. Minhas refeições eram a base de biscoitos e chocolates, a única coisa que aceitava do guia era coca-cola.

Entramos no Jeep e começamos nosso passeio. Nossa primeira parada foi para ver uma linha de trem, pois achamos que ali conseguiríamos boas fotos. O guia aceitou a paramos por alguns instantes.




Nossa segunda parada foi em uma lagoa com vários flamingos, o visual era muito lindo!



Nossa terceira parada foi em outra lagoa, essa com águas mais claras e com outra espécie de flamingos.




Nessa lagoa, nosso guia nos convidou para almoçar. Montamos nossa mesinha e comemos de frente para essa paisagem.


Depois do almoço, ainda ficamos mais um tempo tirando fotos, mas o guia nos avisou que estávamos atrasados com o roteiro. Então só tiramos mais uma foto e seguimos para o Jeep.


E continuamos nos surpreendendo com as cores do deserto:


Eu estava desde de manhã sem fazer xixi e no almoço eu não consegui ir ao banheiro pois achei muito sujo. Já era quase 15:30h, eu estava muuuuito apertada. E aí perguntei ao guia onde seria nossa próxima parada e se haveria banheiro. Ele disse: "em 20 minutos". Aguardei ansiosamente os 20 minutos passarem.... De repente, o carro parou e o guia me mostrou as pedras da foto abaixo e disse que ali era o banheiro!!!! Olha, eu sei que nem me importei! Fui para atrás das pedras, e cada companheiro de viagem procurou o seu cantinho tb para fazer xixi, rsrsrsr! Lipe até hoje fica me chamando de "regadora de deserto" pq fiquei um tempão fazendo xixi rsrsrsr!!!



Depois dessa pequena parada, andamos mais um pouco e paramos em um lugar que tem a Árvore de Pedra. É essa formação rochosa atrás do Lipe. Parece realmente uma árvore!



E por fim, chegamos nessa lagoa que tem águas vermelhas por causa de uma alga que habita nela. Quase não dá pra acreditar que é verdade!




Ficamos tão curiosos que descemos para chegar mais perto das águas e conferir a cor.


  

Nesse momento percebemos que o frio estava aumentando, e a explicação era que nós estávamos na parte mais alta do deserto. Fomos em direção ao hotel em que passaríamos a noite, e o guia nos avisou que seria muuuuito fria... uma média de 30º abaixo de zero.

Chegamos no Hostal Turistico San Bernardo e logo percebemos a diferença em relação ao Hostal de Sal da noite anterior. Esse era bem mais simples, com quartos para 8 pessoas.


Esse era nosso humilde quarto coletivo.


Mesmo sabendo que não conseguiria, eu não deixei de tentar... tentei conseguir um banheiro para tomar banho, mas a resposta foi a que eu já sabia: o frio era muito grande e a água congelava, ou seja, nada de banho! Tomei um banho mixuruca, com minha água de garrafinha e lenços umedecidos. Mas o frio estava muito intenso, estava doida pra me encher de roupas novamente.


Depois do banho de gato, lanchei meus biscoitinhos e ficamos conversando com os outros hóspedes do hostal. A noite foi caindo e o frio aumentando.... eu comecei a colocar mais roupas e mais meias nos pés, mas nada adiantava. Cheguei ao ponto de estar com 4 meias, ficar na frente do aquecedor e meus pés ainda estavam muito gelados! Nada adiantava e comecei a ficar muito irritada.

Por volta de 21h, o gerador de luz elétrica foi desligado e ficamos no escuro. Fomos então tentar dormir. Eu usei o saco de dormir e mais cinco colchas e nada fazia meu frio parar... Nunca senti tanto frio na vida... Foi a pior noite que já tive. Até consegui adormecer, mas na madrugada meu nariz ficou muito ressecado, eu procurei meu remédio que tinha deixado debaixo do travesseiro, mas ele tinha sumido. Foi um desespero! Eu estava com um frio inexplicável, cheia de roupas em cima de mim ao ponto de realmente ficar pesado, e para piorar não conseguia respirar. Acordei o Lipe e ficamos procurando o remédio, mas era difícil se mexer com tanta roupa... até que senti algo me incomodar e descobri que o remédio tinha ido parar dentro do saco de dormir. Para meu alívio, encontrei! Pinguei muitas gotas no nariz e tentei dormir mais um pouco. Nosso horário para acordar era às 4h da manhã e nossa saída do hotel seria às 5h...

Resumo da noite: Foi horrível! Um dos pontos para eu nunca mais voltar para esse deserto, com certeza, foi essa noite.

DIA 7: Deserto e ida para o Chile

Acordamos às 4h da madrugada, escovamos os dentes e lavamos o rosto com muuuuuita coragem (pois a água é congelante), tomamos café (eu não comi nada), e fomos conhecer um vulcão em atividade. Sair do hotel foi um grande desafio para mim, pq o lado de fora era ainda mais frio, mas eu não via a hora de abandonar aquele deserto e chegar ao Chile. E nesse dia iríamos fazer isso! O que me dava forças era saber que por volta de 12h eu estaria chegando em San Pedro del Atacama.

Começamos por uma área em que sai vapor do chão, chamadas Geyser. Dá pra ir nesse local o dia todo, mas a beleza fica maior indo de manhã bem cedinho, então por isso que chegamos aqui por volta de 6h:



Depois fomos chegar ainda mais perto para ver as lavas vulcânicas:


Aqui dava para ver as bolhas:


Tudo é muito bonito, mas o cheiro de enxofre é muuuuito forte.



Depois, voltamos para o Jeep e fomos para uma piscina de água termal, a temperatura da água era de uns 30º, bem quentinha. O frio era muito intenso, mas as pessoas estavam dentro da piscina tranquilamente.



Lipe não conseguiu entrar na piscina, faltou coragem de tirar a roupa naquele frio. Só conseguimos tirar as luvas para tocar na água e realmente ela é muuuuito quentinha. O nosso amigo Raul até me deu a idéia de colocar meus pés na água para ver se esquentava, já que com as quatro meias eu não tinha conseguido.


Nossa última parada antes de atravessar para o Chile foi nessa lagoa que reflete a montanha que está bem ao lado dela.


Nessa hora eu já estava sonhando com o Chile, que é um país que eu amo muito. Enfim, o passeio havia acabado... que alívio! Enfrentamos mais 1h no Jeep para chegar até a fronteira, chegamos às 10:10 na fronteira e nosso ônibus (também da Colque Tour) sairia às 10:30h rumo à San Pedro del Atacama.

Na fronteira passamos pelos trâmites de imigração. Achei muito curioso que tivemos que pagar uma taxa para sair da Bolívia no valor de Bs 15,00 por pessoa! Nunca vi um país cobrar para um turista sair dele, mas estava tão ansiosa para sair dali que paguei com muito gosto!

Terminados os trâmites burocráticos, nos despedimos dos nossos companheiros e pegamos nosso ônibus para San Pedro del Atacama. Assim que saímos da Bolívia e entramos no Chile já percebemos a diferença entre os dois países por um pequeno detalhe: as estradas do Chile são todas asfaltadas, em ótimo estado, com sinalização e tudo mais.

Comecei a sentir calor e tirei alguns casacos... estávamos descendo... meu nariz descongestionou.... eu me senti bem, eu me senti feliz...

Chegamos na imigração do Chile, e novamente descemos do ônibus com nossas mochilas. Tudo foi revistado, passado em RX. Além disso, um agente parou o Lipe e pediu para revistas a mochila dele. Revistou, não achou nada de mais e nos liberou.

Voltamos para o ônibus e pedimos para ficar perto do terminal rodoviário de San Pedro, pois queríamos pegar um ônibus para Calama (cidade em que fica o aeroporto). Chegamos no terminal e lembramos que não tínhamos dinheiro chileno, apenas dólar e um restinho de Bolivianos. Procuramos uma casa de câmbio e a mesma estava fechada. O centro de San Pedro era bem distante e se fôssemos até lá, iríamos perder o ônibus. Meu super marido me deixou sentadinha em um banquinho com as malas e disse para eu não me preocupar que ele iria resolver tudo. E realmente resolveu! Alguns minutos depois ele voltou com uma argentina que se prontificou a trocar 10 dólares para a moeda chilena só para nos ajudar. Ele me contou que chegou no meio da sala de espera do terminal e gritou: "algum brasileiro aqui que possa me ajudar????" Pois bem, brasileiro não tinha, mas tinha essa argentina que falava português perfeitamente e se compadeceu da nossa história rsrsrs.

Dinheiro trocado, fomos comprar a passagem que custou 2500 pesos chilenos por pessoa. No terminal de San Pedro tem três ou quatro empresas que fazem o trajeto San Pedro x Calama. Escolhemos a Intertrans pois tinha horário às 11:30h. Nossa viagem durou cerca de 2h.

Chegamos em San Pedro del Atacama e fomos procurar uma loja para trocar dinheiro, encontramos uma bem no centro, mas a cotação estava muito desfavorável. Como precisaríamos de pouco dinheiro local,afinal nossos gastos seriam somente táxi e alimentação, pois o hotel seria pago em dólar mesmo, resolvemos trocar uma pequena quantia de dinheiro.

Pegamos um táxi para o Hotel Don Alfredo, e fomos no caminho torcendo para ser um bom hotel, pois estava precisando de conforto, banho quente e uma boa cama para dormir. E nossas preces foram atendidas rsrsrsr! O hotel era ótimo! Tudo bem novinho, o quarto era grande, tinha água bem quente, uma cama bem confortável, tudo excelente!

Tomamos um bom banho para tirar todas as crecas do deserto rsrsrs! Colocamos uma roupa fresquinha, pela primeira vez nessa viagem usei uma camiseta e fomos para o Shopping Mall Plaza que fica bem ao lado do hotel e dá pra ir andando.


Lá eu não encontrei o sonhado Mc Donalds, mas encontrei a TelePizza que é bem famosa no Chile, escolhi uma pizza e me deliciei com essa iguaria que há muito tempo não comia. Lipe escolheu KFC e comeu um sanduíche que veio com guacamole, ele não sabia disso. Mas acabou gostando!


Depois do almoço tomamos um sorvete com calda de caramelo, andamos um pouquinho no shopping e voltamos para o hotel para dormir. Dormimos a tarde toda... Quando acordamos por volta de 20h, esquentamos o restinho do almoço no microondas, tinha sobrado pizza, batata frita e nuggets. Começamos a arrumar nossas malas, afinal no dia seguinte embarcaríamos de volta para nossa casinha...

Análise de Viagem / Aline, Marcos Felipe e Valentina

Somos uma família apaixonada por viagens!

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