sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dia 3 - Vale Sagrado

Análise de Viagem
Nesse dia iríamos conhecer vários sítios arqueológicos distantes de Cusco e no final do dia, ficaríamos no último sítio - Ollantaytambo - para pegar o trem rumo à Machu Picchu. Então, arrumamos nossas malas, fizemos check-out no hotel, tomamos café-da-manhã e ficamos aguardando a van da agência que viria nos pegar.

Quando eles chegaram, pagamos o valor de 90 soles para 2 pessoas e embarcamos em um micro-ônibus. Nossas malas foram guardadas em um compartimento do ônibus e fomos tranquilamente só com a bolsa de mão. E a viagem começou... depois de alguns minutos paramos para pegar mais alguns turistas em outro hotel e uma vendedora de balas de coca entrou no ônibus oferecendo. O Lipe ainda estava se sentindo mal com a altitude, então comprou um pacotinho de balas e foi comendo durante a subida. Vale lembrar que assim como o chá da coca, a bala tb não é alucinógeno.


Nossa primeira parada foi no povoado de Pisac, que fica há 36 km de Cusco. Esse povoado é dividido em duas partes: uma feira de artesanato na base na montanha e no alto da montanha tem o sítio arqueológico.


Paramos primeiro na feira e ficamos durante 30 minutos andando pelas ruas, olhando as lojinhas e barracas e comprando várias coisas.



Descobrimos que os vendedores não podem perder a primeira venda do dia. Eles dizem que o primeiro cliente que chega na barraca deles tem que comprar, senão, o dia não terá sorte. Então, como chegamos bem cedo, conseguimos negociar bons preços. E foi ali que compramos um jogo de xadrez muito lindo, as peças são formadas pelos espanhóis e pelos incas. Esse jogo faz sucesso na decoração da minha casa! Olha só!



E andando pelas ruas, descobrimos uma padaria no estilo de Pisac! Era um padeiro que assava os pães ali mesmo na rua, em um forno imenso. Achamos super interessante e pedimos para tirar uma foto. Não tive coragem de pedir o pão, pq achei o lugar meio sujinho rsrsrs.



Já estávamos atrasados para a saída do ônibus, mas o Lipe viu uma barraca que vendia chapéus, e ele é viciado nessas compras. Então, compramos correndo os chapéus e voltamos para o ônibus. Assim que chegamos lá, vimos que várias outras pessoas não tinham chegado. Então, fomos comer um milho, e olhem o tamanho do milho!!! É imenso!!!


O sabor é delicioso, esses grãos são super macios. Nunca tinha comido nada igual:

E ficamos ali, esperando o ônibus, comendo nosso milho e conversando... Até que umas meninas chegaram com essas ovelhas e pediram para tirar uma foto. É claro que não é de graça! Eles pedem umas moedinhas em troca da foto. Elas são tão bonitinhas! Não resistimos, e tiramos uma foto com elas!


Depois dessa parada, era o momento de subir para as ruínas de Pisac. Para a entrada nesse sítio utilizamos o nosso Boleto Turístico comprado no dia anterior, mas lá também havia bilheteria para a compra.

Pisac é caracterizado por ter grandes terraços de agricultura, que fica bem visível nas fotos feitas do local. Esses andares que vemos são de diferentes altitudes, então isso fazia com que crescessem diferentes tipos de espécies do mesmo legume, por exemplo da batata. Eles tem mais de 3 mil tipos de batata!





Além dos terraços, outra curiosidade de Pisac é que aqui ficava o maior cemitério Inca. Infelizmente, as tumbas foram saqueadas, mas era aqui que os incas eram enterrados em posição fetal, pois eles acreditavam que a morte era um renascimento e que precisavam renascer nas montanhas de onde vieram.


Após essa visita, voltamos para o ônibus e fomos almoçar. O guia nos levou para uma rua em que haviam vários restaurantes e dividiu o grupo de forma que cada casal ou grupo ficasse em um restaurante. Assim, eles garantem que todos os proprietários tivessem clientes. Eu e Lipe ficamos no El Maizal e gostamos muito. Na verdade assim que chegamos soubemos que era um buffet, pagaríamos um valor fechado e comeríamos a vontade com direito à sobremesa. Esse tipo de restaurante não é vantajoso para mim, pois como sempre muito pouco. Mas como só havia essa opção (todos os outros restaurantes funcionavam da mesma forma), fomos almoçar. Eu adorei a comida, e as sobremesas então, nem se fala!  



Após o almoço, nossa próxima parada era Ollantaytambo.


Esse sítio não estava plenamente construído na época da invasão espanhola, então até hoje, está inacabado. Sabe-se que esses degraus eram para cultivo de alimentos, mas essa região acabou servindo de fortaleza na época da invasão, pois foi onde os incas se refugiaram para lutar.


E começamos nossa subida... A partir da montanha com esses degraus é possível perceber a construção da foto abaixo na montanha em frente. O guia explicou que funcionava como um frigorífero para estoque de alimentos, pois como é muito gelado, era possível estocar alimentos sem a chance de estragar.


E enfim, chegamos ao topo:


A vista da parte debaixo mostra a estrutura da cidade que funcionava nesse local antigamente, e incluía residências, templos, depósitos de alimentos, etc.


No meio de tanta cultura, uma pausa para um self, rsrsrs:


Descemos com o sol se pondo e pudemos contemplar a grandeza desse local. De todos os sítios em que fomos, esse foi o que mais chamou minha atenção. Talvez pelo mistério, pois alguns locais do sítio são inexplicáveis até para os guias mais experientes. Talvez pela grandeza, pois é uma montanha toda esculpida com pedras formando terraços incrível. Talvez pela história de luta e resistência de um povo que não se deixou escravizar, mas lutou bravamente para defender sua terra, sua cultura, sua religiosidade.


E era a partir de Ollantaytambo que os incas fugiram para Machu Picchu por uma trilha super escondida na selva. Quando eles perceberam que estavam perdendo a batalha e que a fortaleza iria ser invadida pelos espanhóis, eles fugiram de Ollanta através dessa trilha e foram destruindo também a trilha, para que os espanhóis não chegassem até a cidade sagrada de Machu Picchu. E os incas conseguiram! Os espanhóis invadiram Ollanta em 1536, mas Machu Picchu só foi descoberta em 1911.


Nosso grupo iria continuar o tour até Chinchero e depois retornar a Cusco, mas nós ficamos em Ollantaytambo para pegar o trem até Águas Calientes. Do local em que o guia nos deixou até a estação de trem, andamos cerca de 10 minutos (com o mochilão nas costas rsrsrs). Também havia a possibilidade de ir de tuc-tuc, mas como estávamos com um outro casal de brasileiros que conhecemos no passeio e faltava muito tempo para a saída do trem, resolvemos ir andando, conhecendo a cidade e conversando. 

Chegamos na estação da Peru Rail super cedo, por volta de 16h. Tentamos adiantar nossa ida para um trem mais cedo, mas não conseguimos. Então, escolhemos um restaurante com wi-fi, pedimos um lanchinho e ficamos fazendo hora até o momento da partida, agendada para 19h. Havia comprado a passagem de trem pela internet pelo site http://www.perurail.com/ . Havia lido sobre algumas dificuldades com cartão de crédito no momento da compra, mas para mim foi super tranquilo. Imprimi o voucher e mostrei junto com o passaporte na entrada, e entramos sem problemas. 


A Peru Rail oferece duas opções de trens: O Vistadome e o Expedition. O primeiro parece que é mais luxuoso e com o teto todo de vidro para que os passageiros consigam ver melhor a paisagem. Nós iríamos de noite, então não faria diferença o vidro, estaria tudo escuro, então, optamos pelo bom preço do Expedition. Esse é mais simples, mas sinceramente, eu adorei! Talvez pq meu conceito de trem seja o do Rio de Janeiro, que é terrível!!!! Pois bem, o Expedition é lindo e super confortável. Tem um local apropriado para guardar as malas, servem lanchinhos, e tem tb um vidro no teto, mas só vimos escuridão... Eu estava super curiosa com essa viagem, pois dizem que é uma das mais lindas do mundo, então no dia seguinte eu comprei a passagem de volta à tarde para poder contemplar as paisagens. 


Às 19h nosso trem partiu e às 20:40 chegamos em Águas Calientes. Pernoitar no povoado é uma excelente opção para quem quer chegar cedo à Machu Picchu, pois ele fica no pé da montanha. Não há hotéis em Machu Picchu, então esse povoado é a única opção para os viajantes. 

Assim que chegamos, descemos do trem e percebemos várias pessoas com plaquinhas com os nomes dos passageiros. Nosso hotel também enviou um representante para nos buscar. Descemos, encontramos esse funcionário do hotel e pensamos: "pra ter enviado um funcionário é pq esse hotel deve ser longe pra caramba...". Pois bem, o trem partiu, olhamos para o outro lado da plataforma, e lá estava nosso hotel! Era exatamente em frente a estação! Parece que a cidade toda cresceu em volta da linha do trem, então a cidade realmente funciona sobre os trilhos, eu achei até meio perigoso isso, mas para eles é super normal. 


E então, depois de muito cansaço, entramos no nosso quarto do Adelas Hostal. Era um quarto simples, mas super confortável e limpinho. Estava doida pra tomar um banho e descansar mas ainda tínhamos duas metas para a noite: jantar e comprar o bilhete para o ônibus que sobre para Machu Picchu para o dia seguinte. 


Bem, deixamos as malas no hotel e fomos direto até a bilheteria pois só funcionava até 22h. Compramos os ingressos por 19 dólares ida e volta por pessoa e perguntamos o horário do primeiro ônibus: 6h da manhã. 


Depois fomos procurar uma pizzaria que o Lipe havia escolhido através do tripadvisor: Chez Maggy. Gostamos muito da pizza desse local, era super saborosa e fresquinha. O pizzaiolo prepara a massa e o recheio bem na nossa frente e coloca para assar em um forno que fica no meio do restaurante. Enquanto esperávamos ficamos tomando um refrigerante, conversando e tirando várias fotos.  



Depois do jantar, andamos um pouco pelo povoado, que é super pequeno e resolvemos voltar para o hotel. Nesse momento conseguimos o impossível: nos perdemos em Águas Calientes! Não conseguíamos achar o caminho de volta de nenhuma maneira! Fiquei preocupada pq estava ficando tarde e as ruas estavam vazias. Até que um policial nos mostrou o caminho correto e assim chegamos no Hotel em segurança... mas foi um baita susto rsrsrs!



Chegamos no hotel, tomamos um banho e caímos na cama para descansar, afinal no dia seguinte teríamos um grande dia: Machu Picchu!



Análise de Viagem / Aline, Marcos Felipe e Valentina

Somos uma família apaixonada por viagens!

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