sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dia 4 - Machu Picchu

Análise de Viagem
E enfim chegou o dia de conhecer Machu Picchu! Os dias anteriores foram de preparo para esse momento, afinal nos mostraram toda a história do povo inca através de vários outros sítios arqueológicos. Conhecer Machu Picchu fecharia com chave de ouro nosso roteiro pelas terras incas.

Compramos o nosso ingresso com antecedência de 2 meses por 126 soles por pessoa pela internet através do site: http://www.machupicchu.gob.pe/. Não tive dificuldades em comprar, recebi o voucher por email e imprime duas cópias de cada voucher, conforme vem solicitando o email. Existem várias opções de ingresso, uma delas é a entrada do parque junto com a entrada para escalar a montanha Huaynapicchu. Eu não quis fazer essa escalada, então comprei somente a entrada no parque.

Assim, estava tudo pronto para conhecer o Santuário. Acordamos por volta de 5h da manhã para tomar café e fazer check-out no hotel. Conseguimos deixar as malas no locker e ir para Machu Picchu sem o mochilão nas costas. Quando chegamos por volta de 05:45h para pegar o ônibus a fila já estava IMENSA!!!! Não conseguíamos ver o final da fila, então fomos andando, subindo uma rua íngreme rumo ao nosso lugar. Eu já estava triste pq não conseguiria ver o sol iluminando Machu Picchu pela manhã bem cedo... Até que encontramos na fila o casal de brasileiros que conhecemos no dia anterior no passeio do Vale Sagrado e furamos fila rsrsrsrs!!! Além de furar fila, ainda contratamos o serviço do guia que estava com eles. Afinal ir a Machu Picchu sem um guia para explicar sobre o santuário é impossível. Iríamos fazer isso lá, logo na entrada do parque, mas resolvemos fechar logo com esse guia e ficar junto com os brasileiros durante todo o passeio. Pagamos o valor de 15 soles por pessoa para o tour, logo eu e Lipe pagamos 30 soles.

Depois de uns 15 minutos no micro-ônibus chegamos à Machu Picchu! Na entrada o parque perguntamos aos guias disponíveis o valor do tour, só para saber se tínhamos feito um bom negócio.  E descobrimos que tínhamos feito um excelente negócio, pois o valor dos guias era na média de 150 soles por pessoa. Isso pq esses guias ofereciam um tour exclusivo, seria somente eu, Lipe e o guia e não um grupo imenso como estávamos.

Na bilheteria mostramos nosso voucher e um guarda nos revistou, e avisou que não poderíamos entrar com nenhuma comida, apenas com água. Então, escondemos nossos biscoitos e entramos no parque. Depois de alguns minutos descobrimos que a cidade sagrada é lindíssima! De tirar o fôlego!

Entramos no parque por volta de 06:30 e vimos o sol iluminar a cidade aos poucos...







Bem na entrada do parque tiramos a foto mais famosa de Machu Picchu. Aquela para porta-retrato!



Machu Picchu é uma cidade que fica a 2400 metros de altitude, isso é alto, mas não tão alto quanto Cusco que fica a 3400 metros. Percebemos a diferença na temperatura, pois MP é um pouquinho mais quente do que Cusco, mas mesmo sendo mais baixa, o soroche me pegou. E nesse momento, precisei descansar um pouco para continuar a subida.



Machu Picchu tem duas áreas. A primeira que visitamos é a área agrícola, caracterizada pelos terraços em que eram cultivados os alimentos. Essa parte é bem parecida com os degraus que vimos em outros sítios.



Depois começamos a conhecer a parte urbana, que era onde os incas viviam, moravam, faziam seus rituais, etc. A foto abaixo é o Templo do Sol, o sol entra por essa janela e incide diretamente sobre o altar. Assim os incas acreditavam que o Deus Sol recebia as oferendas.


A foto abaixo mostra o interior de uma residência inca. Essa espécie de janela fechada na parede servia para colocar os ídolos.


As pedras de Machu Pichu não são todas originais. Apenas 30% da cidade é uma construção original.. uma pena... o restante foi reconstruído. A construção original é formada por pedras maiores e com encaixe com pouco espaço.


Uma das vantagens de ir com guia é que ele nos mostra detalhes que jamais veríamos se estivéssemos sozinhos. Por exemplo, ele nos mostrou essa réplica da montanha. Não se sabe se ela foi talhada ou se é original... mais um dos mistério de Machu Picchu...


Outra réplica da montanha:


Outro mistério de Machu Picchu é a água canalizada. Os incas, a frente do seu tempo, conseguiram desenvolver uma estratégia para que a água proveniente da neve no alto da montanha conseguisse chegar à cidade. E até hoje percebemos a água escorrendo pelas pedras.


Depois de todas as explicações do guia, já era por volta de 8:45h. Algumas pessoas do nosso grupo iria subir a montanha Wayna Picchu, mas eu e Lipe não compramos o ingresso com essa opção, pois não temos um espírito tão aventureiro. Já tinha lido relatos sobre essa subida e não me identifiquei muito, então ficamos somente no parque passeando e tirando várias fotos. Começamos a explorar por conta própria os vários cantinhos que passamos mais rápido com o guia.




No meio de tantos cliques, o Lipe tirou essa foto que eu adorei!


No meio de tantas andanças encontramos as funcionárias mais ilustres do governo peruano em Machu Picchu, são as lhamas! Elas trabalham comendo a grama do parque para que nos cresça. Assim o mato fica sempre bonitinho, graças as nossas amigas lhamas!


E descobrimos que as lhamas de Machu Picchu são condicionadas. Elas ouvem o barulho do saco plástico, associam à comida e vem em direção à pessoa que fez o barulho. Era muito engraçado, pq o Lipe ficava mexendo no saquinho e onde a lhama estivesse ela voltava e quase avançava no nosso lanchinho. Então, se você quiser tirar uma foto bem pertinho da lhama, leve um saquinho de biscoito e faça bastante barulho, mas lembre-se: não alimente a lhama!


Por volta de 13h já tínhamos andado bastante pelo parque. Então nos despedimos de Machu Pichu e fomos pegar o ônibus de volta para Águas Calientes.


Na saída do parque fomos carimbar nosso passaporte para registrar e guardar com carinho esse momento tão especial.


Pegamos o ônibus, descemos e fomos almoçar em Águas Calientes. Andamos um pouco pelo povoado e achamos ainda mais charmoso do que de noite. As cores, a montanha ao fundo, os moradores, tudo nos encantou!


Encontramos um restaurante muito bom, mas eu não lembro o nome, lembro apenas que ficava na rua principal de Águas Calientes. Lá era pago um preço fixo por pessoa e dava direito a uma sopa de entrada + prato principal + sobremesa, somente a bebida era a parte. No final das contas, eu e Lipe pagamos apenas 45 soles por tudo isso!!! E tudo estava super saboroso!



Após o almoço, voltamos ao nosso hotel para buscar nossos mochilões. Enquanto o Lipe buscava as mochilas fiquei no restaurante do hotel, que funciona no primeiro andar, e percebi um volume embrulhado muito grande nas costas de uma peruana. Alguns instantes depois percebi que era uma criança! Aquela mulher estava trabalhando normalmente carregando nas costas seu filho de aproximadamente 2 anos de idade todo embrulhadinho dormindo. Achei super interessante e fiquei conversando com ela sobre a criança, ela me perguntou se já tinha filhos e eu disse que ainda não. Quando chegou nossa hora de ir para a estação, ela me presenteou com uma lembrancinha, foi um gesto tão carinhoso que fiquei até emocionada. Ela desejou que eu tivesse muitos filhos!


E então, estava na hora de voltar para Cusco, mas tínhamos um longo caminho de volta... Pegamos o trem e aproveitamos para tirar fotos por dentro, pois ele é super bonito!



E por fim conseguimos ver as lindas paisagens do trajeto até Ollantaytambo, ao contrário do dia anterior em que pegamos o trem à noite. O Lipe dormiu a viagem inteira, então acho que ele está vendo a paisagem através das fotos desse post rsrsrs.



Pegamos o trem às 14:55 e chegamos à Ollanta às 16:30h. Ainda tínhamos que chegar em Cusco e aí escolhemos a opção de uma van que tem o ponto bem perto da estação de trem. É só ir andando pela rua principal em frente à estação e aí tem um terreno com várias vans estacionadas e motoristas gritando "Cusco"!!! O valor da van é de 10 soles por pessoa. As malas vão em cima da van, amarradas de forma meio perigosa. Mas como estávamos com mochilas, demos um jeitinho delas irem conosco dentro da van, achamos assim mais seguro, mas tb foi mais desconfortável. O trajeto durou cerca de 2:30h e foi bem cansativo, por causas das curvas e da altitude. Lipe passou mal novamente e ainda ficou muito preocupado pq o motorista da van disse que estava muito cansado e sem comer desde de manhã. Ele estava dirigindo igual um doido pelas estradas para fazer o maior número de viagens no dia. Eu dormi igual um anjinho...

Chegamos por volta de 19h em Cusco, a van nos deixou próximo à Plaza de Armas. Mas nossa viagem não tinha acabado.... ainda tínhamos uma  outra viagem, iríamos passar a madrugada no ônibus rumo à Puno. Compramos com antecedência de 2 meses a passagem pelo site: http://www.cruzdelsur.com.pe/ e custou 75 soles por pessoa. Tinham várias outras opções de passagem, tinha uma mais barata (29 soles), na parte de cima do ônibus, com uma cadeira que não reclinava muito. Mas sabíamos que estaríamos muito cansados, então investimos na melhor poltrona e pagamos um pouco a mais.

Então pegamos um táxi na Plaza de Armas até o terminal de ônibus da Cruz del Sur, que é muito próximo ao centro e o táxi nos cobrou apenas 6 soles pelo trajeto. A empresa tem seu próprio terminal, é ótimo, bem confortável, tem banheiro, lanchonete, só não tem wi-fi. Mas enquanto estávamos no táxi ouvimos sobre um terremoto no sul do Peru, justamente para onde estávamos indo e aí ficamos muito preocupados. Mas percebemos que para os peruanos isso não é uma grande novidade, eles estão acostumados com abalos sísmicos! Enfim, chegamos ao terminal da Cruz del Sur e fomos perguntar sobre o terremoto, mas os funcionários nos informaram que a cidade para a qual iríamos - Puno - não tinha sido atingida e que a viagem seria tranquila. Passado o susto, fomos descansar até o horário do nosso embarque no ônibus.


Gostamos muito do ônibus, a poltrona era confortável e reclinava bastante, tinha uma televisão interativa na frente, serviram jantar, refrigerante, nos deram travesseiros e lençol. O ônibus tb tinha aquecedor, então não sentimos nenhum frio durante a noite. Enfim, foi uma viagem bem tranquila.


E assim, terminamos nosso dia...



Análise de Viagem / Aline, Marcos Felipe e Valentina

Somos uma família apaixonada por viagens!

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