quinta-feira, 15 de setembro de 2016

2016: Ouro Preto

Análise de Viagem
Hoje vou contar sobre uma viagem super curta que fizemos para Ouro Preto em Minas Gerais. Decidimos em cima da hora colocar esse roteiro em prática, pois devido às Olimpíadas no Rio ganhamos alguns dias de folga.

Saímos do Rio na quarta à noite, por volta de 23h e pegamos a entrada rumo a Ouro Preto. Por volta de 5h da manhã, já estávamos chegando na cidade. A estrada é super tranquila, bem sinalizada e com muitos pedágios.

Ficamos no Buena Vista Hostel que conseguimos reservar no dia anterior (como disse, a viagem não foi planejada com antecedência). Quando ligamos, pedimos para fazer check-in por volta das 6h e pagamos meia diária por conta disso. Mas precisávamos descansar antes de iniciar o dia de andanças pela cidade. Chegamos no hotel, dormimos até 10h, e depois começamos nosso roteiro.




DIA 1

O hotel era super bem localizado, bem no centro histórico e conseguimos deixar o carro estacionado lá mesmo e fazer o roteiro todo a pé. A primeira Igreja que conhecemos estava fechada, só conseguimos tirar foto da fachada. Essa é a Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia. 


Começamos a andar pelas ruas de Ouro Preto e respirar o ar histórico da cidade. Nossa primeira parada foi na Casa dos Contos. Esse museu conta a história da antiga casa de pesagem e fundição de ouro, esse era o local onde o quinto era recolhido. O local serviu de prisão para alguns inconfidentes e foi o local onde morreu o poeta Claudio Manuel da Costa. Achei que o museu é um dos mais completos de Ouro Preto.


Das janelas do antigo casarão podemos ter uma incrível vista da cidade!


No subsolo do casarão é possível visitar uma senzala. Nessa parte da casa há uma exposição particular e por isso não é permitido tirar fotos. Mas a sensação lá dentro é super estranha... Eu me senti mal... não sei ao certo o motivo, mas imaginar o sofrimento dos escravos talvez tenha me deixado mal. Pedi ao Lipe para irmos embora e ele aceitou...

Dali, partimos para a Praça Tiradentes. Esse prédio abaixo é o Museu da Inconfidência, mas deixamos para visitá-lo mais no final do dia. 


A Praça Tiradentes é a praça principal da cidade, onde fica o monumento de Tiradentes e onde foi colocada a sua cabeça. Nessa mesma praça funcionava o principal prédio público da Coroa, o Palácio dos Governadores, a Câmara e a cadeia. 


O monumento abaixo é uma lembrança da luta pela Independência do Brasil...


Seguimos para o próximo santuário: a Igreja Nossa Senhora do Carmo. Ela é um pouco menos ornamentada que as demais igrejas, construída em estilo barroco-rococó. É a única de Minas Gerais com painéis de azulejos portugueses, na capela-mor. 


No interior da Igreja, na parte superior tem uma oficina de reparação de peças antigas. Ficamos lá conversando um pouco com as funcionárias e contemplando a restauração de um quadro. Depois fomos curtir os jardins da Igreja, desse lugar é possível ter uma vista linda da cidade. 


Bem pertinho fica o Teatro Municipal, o mais antigo teatro ainda em funcionamento no Brasil. 


Olhando por fora nem pensei que fosse tão interessante, mas quando entramos ficamos encantados!!!! Todos os detalhes são super antigos. 


Eles nos deixam super a vontade para conhecer cada cantinho no Teatro. E aí, é claro, Lipe foi interpretar Hamlet!!!!


Eu não pude encostar no piano, mas aproveitei a foto de longe. O piano era a única coisa proibida no Teatro, e eu respeitei, é claro!


Interpretamos Romeu e Julieta!!!!!


Ficamos tanto tempo nos divertindo no Teatro que não vimos a hora passar!!!! Quando percebemos já estávamos atrasados com nosso roteiro pois ficamos mais tempo do que o previsto nesse cantinho tão encantador da cidade! 

Partimos então para conhecer a Casa de Thomaz Antonio Gonzaga, ouvidor, inconfidente das Minas Gerais e autor de uma das mais conhecidas histórias de amor, quando utilizando o pseudônimo Dirceu, escrevia belos e famosos poemas para sua musa inspiradora Marília.


A casa foi provavelmente o local de reuniões dos inconfidentes. A construção abriga até hoje alguns móveis de época. Hoje a casa é sede da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura da Prefeitura de Ouro Preto. 


O gramado nos fundos da casa é bem cuidado e tem uma bela vista panorâmica do Pico do Itacolomi. Era nesse jardim que ele escrevia seus poemas para Marília!


No quintal, encontramos também um tanque que era utilizado pelos escravos.


Nesse momento, já era hora do almoço. Escolhemos um restaurante de comida mineira, é claro rsrsrs! E fomos nos deliciar!!!!


Depois de almoçar, nossa forma de descansar foi andar pela ruas calmamente e descobrir cantinhos para tirar boas fotos. 


Cada lugar que parávamos, dávamos uma descansadinha rsrsrsr!


 O problema de descer as ladeiras, é que depois tínhamos que subir novamente...


Fomos então conhecer dois museus que ainda estavam na nossa lista. Mas não fotografamos em nenhum deles, por não ser permitido. O primeiro foi o Museu Guignard, que mostra algumas obras de Alberto da Veiga Guignard, considerado um dos maiores pintores e desenhistas brasileiros do século XX. O artista ficou encantado pela paisagem das cidades históricas de Minas e mitificou o tema numa obra que se impôs ao respeito e admiração do Brasil. O ultimo museu foi o mais incrível de todos: O Museu da Inconfidência! Fica na antiga Casa de Câmera e Cadeia de Vila Rica e abriga os restos mortais de alguns inconfidentes, o panteão dos participantes do movimento e objetos históricos. Uma pena não termos fotos...

É claro que depois dessa andança toda, já estávamos com fome novamente! Paramos no Ópera Café, uma cafeteria super charmosa e comemos um lanchinho.


Ficamos ali sentados, conversando, e aproveitamos para pedir uma indicação para a funcionária de um bom restaurante para jantarmos à noite. Ele nos indicou o O Passo, disse que tinha jazz ao vivo e uma boa comida. Então voltamos para o hotel, descansamos um pouco e à noite fomos experimentar a indicação da funcionária. 

Ao sair nas ruas a noite, percebemos que a cidade é ainda mais linda! 



Por alguma razão que não sei explicar, não tenho fotos do restaurante rsrsrsrs! Na verdade, sei sim explicar! Enfim... O jantar foi incrível, mas não foi registrado, o restaurante O Passo é realmente muito bom!

Assim terminou nosso primeiro dia em Ouro Preto!


DIA 2

Nesse dia fomos de carro conhecer a cidade vizinha, Mariana. Existe a opção de ir de maria-fumaça, mas como tem horários fechados, o melhor para quem tem pouco tempo é ir de carro. Assim, de acordo com minha programação, nosso retorno seria por volta de 13h para Ouro Preto. 

Após 30 minutos aproximadamente, chegamos na Igreja de São Pedro. 


Ficamos ali contemplando a beleza do exterior da Igreja, antes de entrar. 


A lenda diz que Bem em cima do altar há uma passagem secreta que leva direto para uma mina de ouro: a conhecida, mina da passagem. Mas perguntamos ao funcionário da Igreja sobre essa história e ele disse que é mentira.


O altar é todo feito em madeira, não tem ouro... Quanto tempo levaram para talhar tudo aquilo...Deve ter sido muito tempo.



O funcionário nos explicou que podíamos subir até o alto da torre da Igreja para ver os sinos e tb toda a cidade. Ele só nos pediu para não tocar os sinos.


Depois de muitas escadas, chegamos na torre. É claro que foi tentador demais não poder tocar os sinos!!! Lipe ficou com a mão coçando rsrsrsr!!


Voltamos para o carro e continuamos seguindo em direção ao centro de Mariana. Estacionamos na rua mesmo e fomos andar para conhecer a cidade. 

A praça principal é uma graça!


Nossa primeira parada na cidade foi no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. O casarão de 1770 expõe objetos litúrgicos do século 18 no térreo, mas é no andar superior que fica o melhor do acervo: obras de Aleijadinho, cadeiras de jacarandá (século 18), um par de bustos relicários (século 18) e imagens sacras (séculos 18 e 19). 
 Depois seguimos para a Basília da Sé, mas ela está fechada para reformas, então não pudemos conhecê-la.


 Seguimos então, para a Igreja Nossa Senhora do Carmo.



Uma história sobre essa igreja é que em 1996 houve um incêndio e destruiu a igreja, a não ser pelo santuário que ficou praticamente intacto. A igreja foi restaurada, porém não da forma original. Desenhos que tinham no teto da capela, por exemplo, não foram restaurados. 


Em frente à essa Igreja havia uma outra, mas estava fechada e não pudemos entrar. Só tiramos uma foto em frente. 



Bem pertinho dali fica a Casa de Câmara e Cadeia, que hoje abriga a Câmara de Vereadores e ostenta na fachada um medalhão de pedra-sabão com o símbolo da coroa portuguesa. Conserva antigo plenário (ainda em uso) com mobiliário original e uma pintura de Dona Maria Ana, mulher de D. João V (daí o nome da cidade).


Voltamos para o carro e dirigimos em direção ao Museu da Música de Mariana. O museu é incrível!!! Bem diferente dos demais museus que são focados em arte sacra. Esse nos leva por uma viagem pelo mundo da música! Incrível!



Eu me perdi olhando e lendo tudo!!!


Lipe tb se divertiu!


Saímos do Museu por volta de 13h e retornamos para Ouro Preto. Na volta, paramos no Museu Casa dos Inconfidentes, que fica um pouco afastado do centro de Ouro Preto. Esse museu é incrível, pois funciona na casa que pertenceu a um dos inconfidentes, Alvares Maciel, e era ali que ocorriam as reuniões dos inconfidentes. 




Ficamos muito tempo conversando com a funcionária do Museu, que nos recebeu muito bem e contou cada detalhe da história da casa. Depois fomos observar o jardim da casa. 


E por fim, seguimos em direção ao centro de Ouro Preto. Estávamos com muita fome, mas se parássemos para almoçar não daria tempo de visitar a Mina do Chico Rei. Resolvemos segurar a fome e ir direto para a Mina. Chegando lá, preferimos ir visitar a mina que fica logo ao lado, tb pertencia a Chico Rei, mas hoje é administrada por uma família diferente e por isso tem outro nome. 

Começamos vendo uma exposição de objetos antigos encontrados na Mina.



O guia é super simpático e ficamos muito tempo conversando e perguntando sobre todos os detalhes daquela Mina. Ele nos deu uma aula de história!

Foi incrível entrar dentro da mina onde trabalhou a mítica figura de Chico Rei. Conta a história que ele foi aprisionado e trazido como escravo da África junto com sua tribo. Após muito trabalho, conquistou sua liberdade e comprou a mina. Com o ouro retirado pagou a alforria de seus súditos, tornando-se uma pessoa respeitada na antiga Vila Rica. 




Já estava bem tarde quando fomos almoçar, mas conseguimos encontrar um restaurante bem charmoso e com boa comida. Não sei se era a fome... rsrsrs



Ficamos ali descansando um pouco, afinal o dia tinha sido bem corrido!


Ainda tínhamos uma última visita a fazer: ver o pôr-do-sol no mirante da cidade.


Essa é a nossa tradicional pose de Edward rsrsrsr!


E ele tentando voar...


Já estávamos muito mortos, mas nesse dia era a abertura das Olimpíadas e queríamos muito assistir. Então, fomos para o hotel descansar um pouco e à noite voltamos para a cidade para jantar em um restaurante com televisão para podermos assistir à cerimônia. 


Depois disso tudo, voltamos para o hotel para descansar. No dia seguinte acordamos mais tarde, tomamos café, arrumamos nossas malas e pegamos a estrada de volta para casa. Nesse dia, já tínhamos ingressos para o jogo de pólo aquático e por isso não pudemos aproveitar mais a cidade de Ouro Preto. 

A viagem foi super curta, mas nos rendeu muitas boas histórias e risadas!

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